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Akolyth - "Akolyth" Review


Há que reter o modo como somos recebidos assim que pressionamos play. A violência do golpe é tal, que nos mantemos deitados no chão com receio de uma 2.ª ronda de agressões. Não, não esperava dar de cara com esta realidade musical. Fustigantes 9 minutos em que somos arrastados, empurrados, agredidos, injuriados… a vulga, sova é tal, que decidimos pôr cobro à nossa existência. Porventura estas minhas palavras serão um exagero, o que não invalida a animosidade, a ferocidade latente nestas composições.

São somente 4 temas, todos acima dos 9 minutos… e são portentosos! Há imensa violência, isso é inegável! Black Metal sem piedade, sem qualquer condescendência! De batidas quase Punk a vocalizações totalmente desconcertantes, este álbum de estreia vem mostrar que há futuro para estes músicos, havendo uma multidão de corpos disponíveis para a dilaceração.

Sem querer soar sectarista, ou inclusive elitista, nem todos os apreciadores de Black Metal encontrarão aqui uma “casa”, por assim dizer. Não é um som totalmente acessível, exige que mergulhemos nele, sempre de mente aberta, disponíveis para particularidades menos usuais no Black Metal. É no aspecto vocal que pontifica, na minha opinião, o mais difícil de absorver. Já referido anteriormente, a demência das vocalizações agarra-nos pelo pescoço e só nos dá descanso assim que termina a última malha do álbum…

“The Night, The Fog”, o último minuto, aquele riff! Um pequeno apontamento que deixa tamanha marca. 3.ª malha, 3.ª sessão de estrangulamento. É incansável a fúria que sentimos em cada um dos temas, em cada minuto dos mesmos. Sentimos que esta perspectiva de Black Metal não é totalmente reminiscente dos primórdios do mesmo, mas que não é moderna ao ponto de descaracterizar o mesmo. Deixa-se levar pelos riffs, pelas batidas de bateria, criando um bicho de 4 cabeças! Atractivo, sim senhor, para aqueles que, mais que ambiências, procuram momentos de adrenalina, descargas de raiva contida! Libertação emocional, já!

Nota: 7/10

Review por Daniel Pinheiro