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Entrevista aos Hyborian


Os Hyborian lançaram "Vol II" e este foi um pretexto para uma conversa calorosa com a Metal Imperium. Eles falaram sobre o processo de gravação, como um romance de ficção científica inspirou este álbum e muito mais. Fiquem por aqui para os ficarem a conhecer melhor.

M.I. -  Conta-nos sobre a história da banda, por favor.

Formamo-nos depois de tocar em outras bandas na nossa cidade natal, Kansas City. Justin, o nosso baterista, e Ryan Bates, tocaram numa banda juntos, que terminou. Então todos decidimos reunir-nos e começar a tocar, por volta de 2015.


M.I. -  Três anos passaram desde o lançamento de “Vol. I " e " Vol. II” foi lançado no dia 20 de março de 2020, pela Season of Mist. O que podes dizer-nos sobre isso?

Nós colocamos uma quantidade incrível de trabalho na composição deste álbum. Também sentimos que é um álbum muito mais conciso, que soa mais pesado e mais dinâmico que "Vol I". Estamos muito orgulhosos das músicas deste disco e gostaríamos muito que, todos os maravilhosos leitores desta entrevista, o ouvissem.


M.I. -  Vocês trabalharam com o Josh Barber. Como correu? Que ideias é que ele teve para este álbum?

Foi ótimo trabalhar com ele e com o seu estúdio B-24. Fizemos a maior parte da estruturação da música antes de entrarmos em estúdio. Ele colocou um pouco da sua magia e ajudou-nos com o arranjo da música "Expanse". Ele é um mago quando se trata de todos os aspetos da gravação, e também ajudou a moldar algumas das partes vocais e o modo como elas soavam.


M.I. -  Vocês conseguiram alcançar o equilíbrio difícil de escrever músicas complexas dentro dos limites das estruturas tradicionais. Isso significa que foi um álbum muito difícil de fazer, em todos os aspetos?

Quando decidimos escrever músicas, na verdade, não tentamos fazer uma coisa ou outra, nós apenas deixamos que elas tomem a forma que vão tomar. Olhando para trás, parece o contrário. Realmente parece que foi muito fácil de fazer e parece que fluiu através de nós de certa forma.


M.I. -  Os riffs e as vozes funcionam muito bem juntos e podemos ver e sentir que há um som e uma harmonia fresca entre eles. Como fizeste este trabalho tão perfeito? É claro que vocês três têm um bom relacionamento e este álbum mostra isso.

As músicas e os riffs estavam praticamente todos escritos e prontos para gravar quando entramos no estúdio. A maioria das vozes foi escrita e arranjada no estúdio após as músicas já terem sido gravadas. Eu acho que isso realmente permitiu que as vozes fossem adaptadas às músicas e estruturas. No final, tudo realmente funciona perfeitamente junto, pelo que estamos muito entusiasmados.


M.I. -  Existe um elemento nostálgico de Thrash nas músicas e, portanto, as pessoas tendem a compará-lo aos Mastodon, por volta dos anos 2000. O que podes dizer sobre isso? É verdade?

Sim, nós adoramos coisas de Thrash e adoramos bandas como os Mastodon! Sentimos que a nossa música tem muito mais a oferecer do que ser diretamente comparada a qualquer banda em particular. Por outro lado, consideramos isso um grande elogio! Os Mastodon, por exemplo, tiveram uma enorme influência mundial. Se pudermos ter tal influência sobre os amantes da música, estaríamos muito gratos.


M.I. -  Como é que o romance de ficção científica, "The Traveler", vos influenciou neste álbum? Este livro tem algo a dizer sobre o que estamos a viver atualmente?

O romance foi escrito no ano passado, no período que antecedeu a composição do álbum, e definitivamente influenciou diretamente as músicas e letras deste álbum; música a música, é um registo conceptual baseado num romance. Embora as coisas pelas quais estamos a passar agora sejam intensas e terríveis, não tenho certeza se esta pandemia vai dar cabo do universo, e é isso de que trata o romance e o registo. Na verdade, uma história que decidi contar pode ser uma boa distração para os nossos problemas atuais. Eu recomendo o romance para uma leitura rápida e divertida. Podes entender isso aqui.


M.I. -  Este álbum tem 41 minutos, mas vocês demonstraram crescimento e evolução e mostra que entraram num novo caminho. Concordas?

Definitivamente concordamos. Sentimos que levamos as nossas composições, musicalidade e estilo para o próximo nível deste álbum! Estamos muito animados para que outras pessoas percebam isso também, porque se estás envolvido num esforço criativo e não está a crescer e evoluir... então o que estás a fazer?


M.I. -  "Planet Destructor" foi o primeiro single lançado a 7 de janeiro deste ano. É um tsunami de uma maneira muito boa. Porque é que decidiram usar esta faixa para apresentar este álbum? Vão lançar outro?

Nós sentimos como se essa faixa tivesse acabado de dar um soco no teu peito. Se ouvires esta faixa por ordem no álbum, ela tem um ritmo de entrada muito mais lento. Acabamos por lançar mais dois singles, e agora já o álbum já está cá fora.


M.I. -  É claro que vocês são bons ouvintes de Metal. O que é que ouvem e quais são as vossas influências?

De facto, todos somos. Aqui estão algumas das nossas influências, em nenhuma ordem específica: High on Fire, Melvins, Pantera, Power Trip, Mastodon, Meshuggah, Baroness, Exodus, early Metallica and Megadeth, Toxic Holocaust, King Crimson, Black Sabbath... a lista é bastante exaustiva para ser honesto.


M.I. -  O concerto de lançamento do álbum seria no dia 20 de março, no The Riot Room, na vossa cidade natal, Kansas City, MO, na qual teriam como banda suporte os colegas da editora, The Lion's Daughter. Após esta loucura, esse evento acontecerá?

Infelizmente, este evento não aconteceu. Estamos todos de quarentena de 30 dias aqui em Kansas City. O que é uma chatice enorme, porque nós realmente gostaríamos de sair e tocar este álbum para todos. Faremos um concerto de lançamento eventualmente, assim que os locais forem reabertos. 


M.I. -  Este álbum terá uma tournée? 

Com a incerteza que rodeia esta pandemia global, é realmente impossível fazer planos exatos para fazer uma tournée para este álbum agora. Definitivamente, faremos uma tournée do álbum; simplesmente não sabemos quando.


M.I. -  Muito obrigada por esta entrevista. Desejas dizer algo mais?

Muito obrigada por apreciares este álbum e por nos entrevistares. Que todos aguentem e espero que toda esta merda acabe em breve, para podermos começar a tocar e ir a concertos.

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Entrevista por Raquel Miranda