Os Ardours são uma banda promissora formada em 2015 que traz uma nova atmosfera gótica ao mundo do metal. Os dois principais membros são Kris Laurent e a famosa Mariangela Demurtas (dos Tristania). Eles já contam com o lançamento de um álbum e mais recentemente de um EP. Estivemos à conversa com a Mariangela Demurtas para saber mais sobre este projeto.
M.I. - Quem teve a ideia de começar o projeto Ardours?
Os Ardours surgiram, inicialmente, de uma colaboração entre mim, Mariangela, vocalista da banda, e Kris, meu amigo de longa data da Sardenha, músico e produtor da nossa música.
Nós considerámos formar uma banda a sério desde o projeto inicial, assim que vimos a boa conexão e os bons resultados da nossa colaboração.
M.I. - Como passou de uma ideia para a realidade?
Começámos a partilhar ideias e, depois, esforçámo-nos por construir e produzir canções. Quando percebemos que tínhamos algo promissor, decidimos procurar um contrato com uma editora.
M.I. - Quem são as vossas principais influências?
Temos várias bandas e artistas que nos influenciaram, podemos afirmar que a música dark dos anos 80 e a música dos anos 80 em geral estão por detrás do nosso som.
M.I. - O que acham que os Ardours trazem para o mundo do metal?
Não tenho um verdadeiro pensamento sobre isso, porque não penso que pertencemos ao metal ou a outro género específico, apenas sabemos que gostamos do que fazemos e achamos que qualquer pessoa pode ouvir a nossa música.
M.I. - Já com um álbum e mais recentemente um EP lançados, que tipo de feedback têm tido até agora? Corresponde às expetativas?
Nós estamos muito contentes com o feedback, recebemos muito boas críticas de grandes profissionais da área e já contamos com alguns fiéis fãs. Certamente não somos a maior surpresa do ano, mas percebemos que as pessoas gostaram realmente do nosso primeiro álbum e do EP. Sentimo-nos agradecidos.
M.I. - Como descrevem o vosso primeiro álbum?
Eu descreveria o nosso primeiro álbum como muito atmosférico e poético com um som moderno.
M.I. - Como decidiram o título?
O título do álbum? Nós pensámos que a nossa canção “Last Place on Earth” era a que explicava melhor o significado deste álbum. Não importa o que passamos na vida, podemos sempre encontrar soluções e maneiras de chegar ao fim.
M.I. - Quais são as vossas canções favoritas de “Last Place on Earth”?
É uma pergunta muito difícil, por várias razões, eu gosto de todas...
M.I. - Conta-nos como funciona o vosso processo criativo.
O processo criativo é simples… O Kris compõe as partes instrumentais, eu coloco as minhas linhas vocais e vejo que texto do Tarald (dos Tristania) corresponde melhor com esses sentimentos. Depois trabalho com o Tarald para adaptar o texto à música no caso de precisarmos de algumas alterações. De seguida, trabalho com o Kris na construção de estruturas e na produção.
M.I. - Vocês lançaram recentemente o EP “Eu4ria”, onde podem os vossos fãs ouvi-lo e adquiri-lo?
O EP Eu4foria está disponível apenas no formato digital, e é suficiente para nós porque se tratam de covers. Achamos que o formato físico faz mais sentido quando escrevemos as canções. O Eu4foria foi bastante divertido para nós e estamos orgulhosos dele, mas no que diz respeito a sermos nós próprios, é através das nossas canções que o conseguimos fazer melhor.
M.I. - Porque decidiram fazer um EP com covers?
Foi uma ideia da nossa editora. Achámos interessante pois tínhamos livre escolha no que toca à escolha da músicas. E é bastante divertido tocar algo que adoras de outros artistas, mas da maneira que tu sentes a música.
O medo não pode impedir-nos de nada, porque o medo para tudo e nós não lhe damos essa oportunidade.
M.I. - Que canção significa mais para vocês?
Como disse anteriormente, todas elas estão no meu coração e na minha mente como experiências, todas marcam uma altura da minha vida. Eu gosto de todas.
M.I. - Em “Eu4ria” podemos ouvir uma sonoridade diferente que a existente no trabalho anterior, o que fizeram de diferente?
Eu soo definitivamente diferente no EP. Tecnicamente, a cantar adicionei mais compressão à voz. Também o microfone foi escolhido com essa intenção. Durante a edição da voz era claro que tínhamos escolhido os sons de pop rock dos anos 80 que queríamos ter. Mas sim, eu coloco a minha voz noutro nível neste EP.
M.I. - Quais são os planos para os Ardours?
Bem, os planos vão ser diferentes do que esperávamos devido ao surto de Covid-19, mas queremos focar-nos na música agora e escrever muita coisa nova.
M.I. - Tiveram a oportunidade de fazer muitos concertos? Como tem sido o feedback?
As nossas vidas estavam bastante bem até agora. Apenas fizemos dois e ambos correram muito bem. Algumas pessoas vieram congratular-nos no final do segundo concerto e ficaram chocados pois não esperavam que a banda tivesse acabado de dar o seu segundo concerto e que o som fosse tão bom. Já fazemos isto há algum tempo, acho que sabemos como trabalhar, hehe.
M.I. - Alguns concertos planeados para os próximos meses?
Tínhamos um concerto planeado em Milão para o final de maio… mas adivinhem? Talvez não se vá realizar… por isso, vamos ver se em outubro iremos aos Países Baixos ou não.
M.I. - O que gostariam de dizer aos vossos fãs? E aos vossos futuros fãs?
Eu gostaria de agradecer aos nossos fãs por acreditarem verdadeiramente na nossa música, sabemos que adoramos isto e o facto de o podermos partilhar com vocês, faz-nos felizes! Um muito obrigada!
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Entrevista por Tatiana Andersen