O baterista dos Death Angel, Will Carroll, voltou para casa recentemente depois de passar duas semanas ligado a um ventilador nos cuidados intensivos, num hospital da Califórnia. O músico, bem como, Damien Sisson (baixista) e Rob Cavestany (guitarrista) contraíram a doença causada pelo novo coronavírus, durante a sua recente digressão europeia. A digressão de cinco semanas, "The Bay Strikes Back 2020", viu os Death Angel partilhar os palcos com os Testament e os Exodus, entre 6 de fevereiro e 11 de março.
Numa entrevista à Kron-TV, que pode ser vista abaixo, Will Carroll relatou como tinha sido infectado: "A meio da digressão, as pessoas começaram logo a ficar doentes e a doença começou a espalhar-se de pessoa para pessoa. Depois de ter ficado doente, no terceiro ou quarto dia antes da última data da digressão, senti-me bastante mal e soube logo que, provavelmente, tinha a Covid-19. Eu sabia. A minha febre estava tão alta que nem me lembro de entrar na ambulância. Não me lembro da viagem para o hospital. Não me lembro de chegar ao hospital. Depois, como os meus pulmões estavam a falhar, puseram-me logo em coma e ligaram-me a um ventilador."
"Fiquei naquele estado durante 12 dias. Digamos que a situação não foi fácil. A dado momento, quando estava em coma, tive uma falha cardíaca. Na verdade, quando mais me contavam todos os pormenores, mais horrorizado ficava. Agora prefiro nem saber. Disseram-me, que quando cheguei ao hospital, os médicos ficaram em choque e pensaram que provavelmente ia morrer. Tenho, definitivamente, uma nova perspectiva da vida e não vou desperdiçar esta segunda hipótese. Aprendi muito com toda esta situação e foi, acima de tudo o resto, uma experiência reveladora." concluiu o baterista.
Os Death Angel estiveram os últimos meses em digressão a promover o seu mais recente álbum de estúdio, "Humanicide", lançado em maio de 2019 via Nuclear Blast.
Por: António Pata - 26 abril 20
