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Allen/Olzon - "Worlds Apart" Review


Foi lançado no passado dia 6 de março este "Worlds Apart", álbum que combina as poderosas e melodiosas vozes de Russel Allen, que todos nós conhecemos dos Symphony X e dos Adrenaline Mob, com a de Anette Olzon, que teve no passado a difícil tarefa de substituir Tarja Turunen nos Nightwish e que é agora vocalista dos The Dark Element. Sempre na sombra, mas com importância fundamental para este projeto, surge ainda o experiente Magnus Karlsson (Primal Fear; Magnus Karlsson´s Free Fall; Kiske/Somerville), que, com exceção da bateria, se encarregou de todos os instrumentos que podemos escutar neste trabalho, para além da composição dos temas e produção do mesmo.

A receita não é nova, juntar dois consagrados vocalistas no mesmo álbum. Russel Allen já o tem vindo a fazer desde 2004 com Jorn Lande, numa parceria que já gerou quatro álbuns. Desta vez não o faz com o norueguês, mas com uma vocalista e a combinação é também ela boa. Faz lembrar quando vemos um filme em que participam dois bons atores, o que parece ser à partida garantia de qualidade. No entanto, sem um bom guião, facilmente poderemos ficar desiludidos com o resultado final. O mesmo sucede neste álbum que, não obstante a qualidade dos vocalistas, não tem composições que o tornem um registo de referência. Tem boas malhas, naquilo que se pode considerar um power metal sinfónico, mas não encontramos nenhuma que sobressaia pela sua superior qualidade.

Apesar do fantástico trabalho de Magnus Karlsson também na produção de "Worlds Apart", as faixas que parecem ficar mais no ouvido são mesmo “Worlds Apart”, “No Sign of Life” e “My Enemy”. Curiosamente são três temas em que ambos participam, algo que nem sempre acontece. Muitas das faixas contam apenas com a voz de um deles. As letras das faixas têm sempre o amor como tema central.

Quem for um apreciador da voz de Russel Allen (e é dificil não o ser), tem aqui um bom álbum que, para além do mais, tem o atrativo extra desta parceria com a Anette Olzon. Onze temas que, não sendo fantásticos, não deixam de ter a sua qualidade. Mesmo não trocando nenhum dos quatro álbuns do projeto Allen/Lande, por este "Worlds Apart" de Allen/Olzon, é indiscutível que este último merece ser escutado com atenção. Podem-me dizer que este trabalho é algo à parte, que não deve sequer ser comparado com a anterior parceria Allen/Lande, mas basta uma rápida olhadela para a capa para perceber que essa comparação é inevitável.

Nota: 8.2/10

Review por António Rodrigues