Os Wildnorthe podem até fugir um pouco ao tipo de bandas que é habitual encontrarem na Metal Imperium, mas existe qualidade suficiente na sua música para nos fazer deslocar ao Lounge e acompanhar o seu concerto. Com os respetivos desvios que a sua música toma em relação ao rock, ela encontra-se ainda dentro desse perímetro, perto da margem, mas ainda no seu interior.
Estes espetáculos que a banda tem dado, continuam a ter como objetivo a promoção desse último trabalho. Esta noite era a vez do Lounge, em Lisboa, para no dia seguinte viajarem até Coimbra e fazerem a apresentação na Tabacaria/Teatrão. A diferença rapidamente identificada nesta noite, em relação ao concerto dado no Under the Doom, prendia-se com o terceiro elemento presente. Desta vez Sara Inglês e Pedro Ferreira fizeram-se acompanhar pelo baterista João Vairinhos e a sua música ganhou com isso.
O concerto de ontem foi dado num espaço pequeno e acolhedor. Foram a única banda a atuar, o que significa que quem ali se deslocou estava perfeitamente identificado com o pós-punk e com todos os caminhos que o som dos Wildnorthe experimenta. A sua atuação teve início com “Descend” e logo essas suspeitas se confirmaram, os Wildnorthe estavam entre amigos. O público presente nesta noite fez questão de se levantar, dançar ao som da sua música e no final, aplaudir cada tema tocado.
Bom concerto dos Wildnorthe nesta noite fria de quinta-feira. A sua sonoridade mais eletrónica deixou satisfeito o público que ali acorreu para os ver. A forma como cada tema foi aplaudido também não deve ter deixado este trio indiferente e no final Pedro Ferreira agradeceu a presença e o apoio de todos os que compareceram neste evento, que até tinha entrada gratuita.
Texto por António Rodrigues
Fotografia por Daniela Jácome Lima
Agradecimentos: Lounge Booking e Wildnorthe