Os Visions Of Atlantis são um dos nomes fortes do Symphonic Power Metal, com quase 20 anos de história e magnitude, transmitidas com a sua música, presença em palco e boa disposição. Já contam com sete álbuns: Eternal Endless Infinity (2002), Cast Away (2004), Trinity (2007), Delta (2011), Ethera (2013), The Deep & The Dark (2018) e Wanderers, lançado no ano passado, que dá nome a esta tournée: “The Wanderers Tour 2020”. Dia 21 de fevereiro passaram pelo Porto, Metalpoint e, no dia seguinte, Lisboa, RCA, com as bandas de suporte: Chaos Magic com Caterina Nix, Morlas Memoria e Glasya (esta última só em Lisboa).
Mas esta reportagem é sobre a sua passagem pelo Porto. Metalpoint é um dos espaços escolhidos para esta aventura, com boas acessibilidades. É um dos pontos de encontro de muitos fãs de Metal, que se situa no centro da cidade, os quais já se encontravam à porta para o evento.


Para o fim estava reservada a atuação dos Visions Of Atlantis, originários de Styria, Áustria. O concerto começou com o guitarrista Christian Douscha e baixista Herbert Glos, de costas voltadas para o público, de forma a criar um cenário teatral e enigmático. O grupo iniciou o espetáculo com “Release My Symphony”, sem Clémentine em palco, tendo a mesma surgido do meio do público a cantar, enquanto se dirigia para o palco. Num "obrigado" perfeito, disseram "boa noite" e apresentaram-se aos presentes, tendo perguntado se estes se encontraravam prontos para embarcar nos próprios sonhos. Seguiram-se "New Dawn" e “Book Of Nature”, com Michele e Clémentine a criarem a habitual atmosfera poderosa que tanto os caracteriza. A pergunta “Porto, como estão?!”, antecedeu as delicadas notas de flauta que prenuncia “Heroes Of Dawn”.Após uma animada troca de palavras entre Michele, Clémentine e o público, seguiu-se “Silent Mutiny” retirada do álbum “The Deep & The Dark”. A voz angelical da vocalista arrancou em “Wanderers”, algumas reações mais emotivas.“Estão dispostos a começar uma nova fase connosco e iniciar uma nova jornada, para mais tarde recordarem?”, questionaram os austríacos, antes de “A Journey To Remember”. Após “The Deep & The Dark”, a vocalista referiu que havia "muita energia neste sítio, quero tentar algo diferente!”. Eis que, numa simplicidade fascinante, surge“Nothing Lasts Forever”. “Passing Dead End”, “In & Out Of Love” e “Return To Lemuria” encerraram em beleza esta noite.
O coletivo agradeceu aos presentes, às bandas que os têm acompanhado e ao espaço, despedindo-se com uma promessa de voltar à cidade do Porto. Foram 180 minutos de boa música, nos quais as bandas se mostraram profissionais e sem falhas.
Texto por Raquel Miranda
Fotografias por Sílvia Micaelo
Agradecimentos: Amazing Events