Talvez pelo excesso de oferta, talvez pelo cartaz, um só nome numa noite a meio da semana, a passagem das suecas Frantic Amber, pela cidade do Porto, deixou muito a desejar em termos de audiência. Apesar disso, o quinteto não desanimou e apresentou-se com a mesma disposição que para uma sala cheia.
Claramente um grupo que pensa na pose e conhece as posições em palco para cada tema, foi interessante ver o jogo que se ia encenando com o evoluir da atuação, ao mesmo tempo que se percebia haver um domínio da execução sólido e que as setes cordas das guitarras, ou cinco do baixo, não estavam apenas para ficar bem na fotografia.
Novamente a escassa audiência pode não ter ajudado ao som, por vezes empastelado, eventualmente dimensionado para uma sala mais ocupada. Menos melódicas que em disco, mais death que expectável, mostraram sempre pretender interagir com o público, com a vocalista Elizabeth Andrews a chamar mesmo os presentes para a frente de palco. Apesar de Mio Jäger ser a guitarrista que está no grupo desde a sua fundação, foi mesmo Isabelle Romhagen que acabou a dar mais nas vistas ao longo do concerto, sendo até bem mais central que a veterana.
Com dois discos na bagagem, "Burning Insight" e "Bellatrix", o coletivo abordou ambos, executando logo "Burning Insight" e "Bleeding Sanity" no arranque e deixando para o final "Ghost" e "Scorched Earth". No final pareceu que ainda se planeava o encore, mas acabou por nada acontecer, para pena de um público que apreciou o concerto do quinteto.
Texto por Freebird
Fotografias por Emanuel Ferreira
Agradecimentos: Huesso Producciones
