Descobri o disco de estreia a solo de Takafumi Matsubara por ser guitarrista dos Gridlink, banda que tem vocalista em comum com os recém-estreados No One Knows What the Dead Think. Após ter ouvido o single de apresentação, “Ice Pick”, o título do álbum de estreia parece encaixar que nem uma luva, pois o tema é rápido, sim, como típico do grindcore, mas com uma atenção especial ao trabalho de guitarra, quase a lembrar a forma de tocar de Vogg dos polacos Decapitated.
“Halo of Lies”, soa a Mastodon na bridge, por exemplo, e “Void Walker” mantém esta estranheza, com registos de voz alternados. A diversidade de extremos neste álbum no seu todo tornam-se num factor de interesse, levando-o além de apenas de ser mais um álbum de grindcore, mas sim um álbum que toca nos variados estilos de metal extremo.
Dado que a guitarra de Takafumi Matsubara detém o papel central, a escolha dos demais instrumentistas convidados é levada a cabo de uma forma eficaz e que funciona em todos os temas; note-se o contraste entre o groove de “Controlled Matrix of Thought” e o caos controlado de “Disparity”. Os próprios vocalistas contribuem de formas diferentes para cada tema, cada um com um registo próprio e distinto, por exemplo, o rap em “Abstract Maelstroms”.
“Strange, Beautiful and Fast” trata-se, não só de um álbum para fãs de grindcore, mas também para quem queira explorar as diversas nuances da música extrema. Nesse aspecto, “Pull Out my Eyes” é um dos melhores exemplos, lento e atmosférico, em contraste com os demais temas, como “Crawlspace” que oscila entre thrash e death metal clássico.
Nota: 8/10
Nota: 8/10
Review por Raúl Avelar
