Se para se fazer um bom álbum, fosse somente necessária a experiência dos músicos integrantes da banda responsável pela sua composição e gravação, “Rise” teria tudo para ser um álbum de top. Vejamos com atenção de quem estamos a falar. Os Revolution Saints são compostos pelos seguintes senhores: Deen Castronovo, baterista que passou por bandas como: Ozzy Osbourne, Bad English e Journey onde ajudava nos coros e que aqui, assume o papel de principal vocalista; Jack Blades, baixista e vocalista, ex Damn Yankees e Night Ranger, que tem aqui algum espaço para dar uso à sua voz e finalmente, pelo guitar hero, Doug Aldrich, que todos nós conhecemos por ter estado ligado aos Whitesnake, Dio e aos Lion. Embora eu não seja grande apreciador deste termo, é verdade que estamos perante um supergrupo.
O que é que esta banda nos traz de novo? Nada, absolutamente nada. Porém, a aposta deste projeto não passa por aí. Estamos a falar de músicos que já não têm nada a provar e que pretendem, apenas e só, recuperar aquele rock tão característico dos anos 80 e 90 responsável por ter encantado gerações. Nessa tarefa eles são bem-sucedidos. Melodias fantásticas, uma voz que é talento puro e sinónimo de rock, a que se junta guitarra de Aldrich, que é qualquer coisa de mágico.
“Rise”, que será lançado no próximo dia 24 de janeiro, é o terceiro álbum deste trio e a julgar pelo sucesso dos anteriores trabalhos, também este parece estar fadado a ser aclamado pela critica. A produção esteve a cabo de Alessandro Del Vecchio, conhecido pelas colaborações com Jorn Land e Mat Sinner, entre tantos outros, que ainda deu uma ajuda aos Revolution Saints com a sua voz e com os teclados que podemos ouvir em “Rise”.
“When the Heartache is Gone” é o primeiro dos onze temas que compõem este álbum e também primeiro single de avanço, podendo já ser escutado. Todos os outros temas diferem entre eles, não deixando nunca de nos recordar aquelas épocas em que este estilo musical reinou. Uns são mais calmos, como “Talk to Me” que tem a participação da vocalista Lunakaire, mas todos eles têm em comum uma grande dose de energia, como “Coming Home”, que malha! “Eyes of a Child” é um tema perfeito para concluir este álbum. Forte balada com piano e guitarra acústica, que foi composto em parceria com Tommy Shaw dos Styx e onde a voz de Castronovo faz recordar a de Steve Perry, nos gloriosos tempos dos Journey.
Os Revolution Saints têm uma curiosa particularidade. Eles nasceram do desejo de Serafino Perugino, presidente da Frontiers e que, conhecedor das capacidades vocais de Castronovo, projetou uma banda, onde ele pudesse explorar todo esse seu talento. Sendo um projeto paralelo de músicos extremamente ocupados nas suas principais bandas (The Dead Daisies, Night Ranger), dificilmente teremos oportunidade de os ver em concerto. Tal não os impede, no entanto, de compor extraordinários temas, como os que podemos encontrar neste álbum e que o tornam obrigatório para qualquer apreciador do género.
Review por António Rodrigues