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Mefisto - "Octagram" Review


Chegados ao terceiro álbum, os suecos Mefisto abrem o mesmo com um tema-título que não faz prisioneiros, com um groove de bateria presente, e guitarras em arpejo a recordar A Perfect Circle (como também será evidente em “Roots ov Thy Soul”).

Para efeitos de contextualização, a formação dos Mefisto data de 1984, mas apenas conseguiram fazer o primeiro álbum em 2016, sendo “Octagram” já o terceiro longa duração desde esse ano. Nota-se, pois, que se trata de uma banda com um som próprio definido de uma banda veterana e uma certa urgência, pois não há receio em fazer variações de estilo entre os temas, ao mesmo tempo que o som do álbum no seu todo é coeso (note-se o groove de “Armaggedon” e “The Cult of Death”).

Ora, este mais recente lançamento é por si só surpreendente no ecleticismo presente no primeiro tema, e que se mantém no seguinte, que é mais directo (mais doom e pesado). Ao chegar a “The Cult of Death”, o groove instala-se mais uma vez e as guitarras têm mais espaço para respirar; o baixo sobressai para dar a entrada para a bridge, antes de a voz reentrar grave e abismal. Detalhes como este mantêm “Octagram” interessante ao longo da sua audição, sendo a bateria de Robert Granath o principal responsável por essas dinâmicas.

Consegue-se ouvir o som de bandas como Sepultura e Metallica, na sua fase dos anos 80 e princípio dos anos 90, em temas como “Grand Demons At War”, sendo a voz de Omar Ahmed o principal instrumento de destaque neste tema. Outro exemplo de metal mais clássico é a abertura de “Alpha and Omega” que parece invocar Megadeth (assim como o solo de guitarra).

Concluindo, “Octagram” é um álbum variado que abrange diversos espectros do metal, desde o mais extremo death metal ao thrash metal mais clássico, o que permite servir de “porta de entrada” a ouvintes que queiram explorar este tipo de sonoridade. A própria forma como acaba com um tema rápido como “Megalomania” pede para ouvir de novo.

Nota: 8/10

Review por Raúl Avelar