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Entrevista a Iggor Cavalera (Petbrick)

Os Petbrick, novo projeto de Iggor Cavalera com Wayne Adams dos Big Lad e Death Pedals, estreiam-se em Portugal nos próximos dias 16 e 17 de janeiro, no Maus Hábitos (Porto) e Musicbox (Lisboa), respetivamente. O Vasco Rodrigues teve a oportunidade de trocar umas palavras com Iggor sobre Petbrick e os outros projetos do famoso músico.

M.I. - Petbrick é o mais recente projeto, que junta você a Wayne Adams. Como é que surgiu a ideia de fazer este projeto mais ligado ao noise rock?

Surgiu como uma ideia de propor algo diferente.


M.I. - Na lista de convidados do disco está a tua mulher Laima, com quem criaste os Mixhell. Dá a ideia que sentes esse projeto quase como um filho. Vai haver frutos neste ano?

Não, o Mixhell seria o nosso filho. Vejo os Petbrick como outro projeto, temos outros convidados como Dwid Hellion, mutado pintado e Dylan Walker.


M.I. - Estiveste recentemente em Lisboa com o Max na digressão dos 30 anos de “Beneath the
Remains”, integrando também o “Arise” de 1991 no alinhamento. Quando é que vocês sentiram que a importância de “Beneath the Remains” era tanta que merecia a pena não ficar soterrada pelo tempo, e vir para a estrada com esses temas míticos?

Acho interessante essa releitura de clássicos, infelizmente bandas como os Pantera não podem fazer isso, por isso vejo a importância de me unir com o meu irmão, e tocar bastante.


M.I. - Na altura do lançamento do “Beneath the Remains” muita gente começou a falar de Sepultura na imprensa internacional, algumas até comparavam a banda a nomes como Slayer e Metallica.

Estávamos a incomodar bastante, esses tipos estavam com ciúmes de uns miúdos da América do Sul ficarem com o seu espaço.


M.I. - Numa altura em que os Slayer acabaram a carreira, como olhas para trás para esse final dos anos 80 e início de 90 e essas comparações? E o que pensas do fim dos Slayer?

Não acredito que os Slayer acabaram, como todo artista americano, vão voltar logo logo.


M.I. - Faz algum tempo que não há novidades sobre Cavalera Conspiracy. existe algum plano para o pós-psychosis, ou este formato de revisitar o passado de sepultura pode ser entendido como uma extensão do projeto?

Decidimos dar um tempo aos Cavalera para nos dedicarmos às tournées dos álbuns antigos, mas vamos retomar os Cavalera em breve.


M.I. - Com tantos projetos que fazes parte (Mixhell, Petbrick, Soulwax, Cavalera Conspiracy) ainda consegues ter tempo para a Delayed Records? Existem projetos interessantes prontos a serem descobertos?

A gravadora da qual faço parte com a Laima, é bem pequena, apenas lançamos bandas e projetos underground, sempre acho tempo para isso.


M.I. - E já que falamos de projetos que o público adora e sente saudade, que tal pedir ao Max para fazer regressar Nailbomb?

Ele já tem feito algumas coisas com os Nailbomb, é um projeto dele, eu só participei em algumas faixas.


M.I. - Algumas palavras para o publico português que vai assistir aos concertos de Petbrick...

Vamos curtir um barulho antes que o mundo acabe!!! Obrigado.

Entrevista por Vasco Rodrigues