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Entrevista aos Blackguard


Formados em 2001 como banda de Black Metal, o sexteto começou como Profugus Mortis, na sua cidade natal, Montreal. Com fome de maiores voos, lutaram para se destacarem internacionalmente no mundo do metal, passando por inúmeras mudanças de formação ao longo do caminho. Agora, quase duas décadas depois, os Blackguard permanecem fortes, permanecendo o orgulho e a alegria da cena metal Franco Canadiana. Acabaram de lançar o seu 4.º álbum “Storm”, a 3 de janeiro de 2020, e estão prontos para agitar a cena metal. A Metal Imperium teve uma conversa interessante com Paul.

M.I. - Em primeiro lugar, muito obrigado por responderes às nossas perguntas.Qual é a melhor palavra para descrever Blackguard como banda?

"Épica ". (risos)


M.I. - A banda mudou de Black Metal para metal épico e na página do Facebook mencionam o vosso "som épico de Death-Power Metal". Afinal, qual é a melhor descrição para o vosso som?

Nós apelidamo-nos de "Epic Metal", mas, se preferires, eu diria que somos Death Metal Melódico e Sinfónico.


M.I. - A banda começou em 2001 sob o nome de Profugus Mortis e, em 2008, mudaram o nome para Blackguard. O que causou esta alteração? Uma mudança de estilo?

Sim e não. Houve uma ligeira mudança estilística no momento em que acentuamos as nossas influências de Folk Metal, mas, basicamente, não gostávamos muito do nome Profugus Mortis. Então, quando assinámos com a Nuclear Blast e Sumerian Records em 09 ', sentimos que era uma boa oportunidade para "mudar a marca", por assim dizer.


M.I. – O vosso primeiro álbum foi a demo "Profugus Mortis"... foi uma maneira de dizer adeus a essa época?

O nosso primeiro álbum completo foi “So It Begins” sob o nome da banda Profugus Mortis. Depois da mudança de nome e da assinatura de contrato, demos o nome da banda anterior ao lançamento, como uma espécie de homenagem ao passado.


M.I. - Supostamente, um dos vossos principais temas líricos é a filosofia. Por que se sentem fascinados por isso?

Eu acho que é importante contemplar a vida em termos filosóficos. Ela permite examinarmo-nos a nós mesmos e ao que nos rodeia com mais intensidade e essa auto reflexão permite-nos crescer.


M.I. - O segundo álbum foi lançado pela Nuclear Blast / Sumerian Records, o terceiro pela Victory Records e este foi lançado independentemente. Por quê? Estavam cansados de ser "controlados" pelas editoras?

Não é que estivéssemos a ser controlados pelas editoras, mas os nossos objetivos como banda mudaram desde que deixámos de ser uma banda de tournée a tempo inteiro a tentar fazer carreira na música. Agora é mais divertido e, realmente, não havia necessidade de assinar por uma editora para lançar o material.


M.I. - "Storm" é o quarto álbum e vem após um intervalo de 7 anos... por quê a longa espera?

Antes de entrarmos em hiato, tínhamos toda a intenção de lançar este álbum através da Victory Records em 2014 ou 2015. Mas, simplesmente, não estávamos motivados para voltar e fazer concertos e não tínhamos a certeza se queríamos continuar como banda. Por isso, mantivemos o material conservado num disco rígido até sentirmos vontade de tocar juntos novamente.


M.I. - O álbum foi lançado no início do ano novo, a 3 de Janeiro de 2020... dirias que este foi o começo perfeito do novo ano?

Eu diria que sim... haha. Nós fizemos com que coincidisse com o nosso concerto na nossa cidade natal com os nossos amigos Epica e The Agonist. Por isso, foi muito apropriado lançar o álbum e fazer o nosso primeiro concerto na nossa cidade natal em 7 anos com os nossos antigos companheiros de tournée.


M.I. - Há 10 músicas em destaque no novo álbum... quando foram escritas?

Provavelmente entre 2012-2013.


M.I. - Quando criaram o conceito para o novo álbum? O que vos inspirou?

Liricamente, o álbum inteiro é uma continuação da história da faixa-título do nosso último álbum, “Firefight”, e foca-se numa personagem cuja casa foi destruída por um exército invasor e na sua perturbação, dando sentido à tragédia.


M.I. - O título do novo álbum "Storm" é algum tipo de aviso do que se pode esperar ouvir? Blackguard está aqui para invadir a cena underground?

Espero que, até certo ponto, sim, haha.


M.I. - Acreditas que existe uma faixa no álbum que será um sucesso comercial e um potencial sucesso de rádio / televisão? Se sim, qual?

Nah. A menos que eles tirassem todos as vozes… (risos). Tínhamos uma faixa de "Firefight" na NHL 2010 ou 11. Mas não me parece que tal vá acontecer novamente.


M.I. - A capa apresenta uma imagem de ruínas e destruição... qual é a ligação entre a capa, o título e as músicas?

Como mencionado acima, “Storm” foca-se numa personagem sem nome que está à procura de significado após um ataque devastador ao seu povo.


M.I. - A banda passou por algumas mudanças de formação ao longo dos anos... qual é a atual formação?

Neste momento, a banda sou eu (Paul), o nosso guitarrista Terry e a baterista Justine. O nosso guitarrista não oficial é o nosso bom amigo Dave Gagne da banda Your Last Wish e Hollow. Ele tocou connosco em algumas tournées, portanto, para todos os efeitos, pode dizer-se que está na banda.


M.I. - Musicalmente, quais são as tuas maiores influências?

Pessoalmente, eu diria Children of Bodom (os três primeiros álbuns), Zao e talvez Rhapsody (of fire).


M.I. – Se pudesses escolher uma banda para partilhar palco com Blackguard, quem seria e por quê?

Fizemos 4 concertos com os Insomium em 2012 e ainda somos muito bons amigos. Eu adoraria fazer mais concertos com eles, pois são uma banda incrível.


M.I. – No dia 3 de Janeiro, fizeram um concerto na vossa cidade natal, como banda suporte de Epica e The Agonist. Além disso, era o dia do lançamento de "Storm". Como foi esse dia para ti? Épico?

Muito! O concerto estava esgotado e foi ótimo tocar novamente com os nossos antigos companheiros de tournée e amigos. Eu não conseguiria imaginar um programa mais perfeito!


M.I. - A banda tocou ao vivo em todo o mundo... os fãs podem esperar uma tournée mundial para promover "Storm"?

Acho que não. Infelizmente, não estamos preparados para isso, mas, se surgir uma grande oportunidade, seremos tolos se não tirarmos proveito dela e não levarmos “Storm” (Tempestade) para onde ela nos leva.


M.I. - Como está a situação na cena metal canadiana? Existe animosidade ou amizade entre as bandas?

Não há nada mais além de amizade e camaradagem, pelo que já vi. Muitos dos artistas internacionais de destaque se conhecem e se ajudam e apoiam também as bandas menos conhecidas. Nós realmente temos uma grande comunidade nacional.


M.I. – Palavras finais...

Apenas "Obrigado" a todos que nos apoiaram ao longo dos anos e obrigado por continuarem connosco.

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Entrevista de Susana Galveia e Sónia Fonseca