Quem já acompanha os vilacondenses Bosque, há certamente de sentir um certo conforto ao pôr a rodar este novo “Cleansing” e bastar apenas uns minutos de “Movement” para reconhecer a assinatura da banda: riffs primitivos e bem arrastados, estruturas hipnóticas e um canto coral trémulo que se desvanesce pela atmosfera transcendental.
Toda a reconhecida lentidão está bem presente assim como a arte da banda tocar e ir, muito subtilmente, levando cada riff simplista a novos patamares, existindo espaço para momentos mais catchy e mais acelerados – atenção que é uma velocidade que mal chega ao mid tempo – como na abertura de “Return”, as melodias de guitarra que vão fechando “Static” e ainda a presença de vocais guturais ao longo de todo o tema “Pilgrimage”.
Não traz nada de novo quando posto junto ao restante catálogo dos Bosque, mas tal não quer dizer que a banda já ficou sem ideias porque o funeral doom minimalista que vem nestes quase quarenta minutos de música prova que o Bosque mantém-se intacto e selvagem.
Nota: 7.5/10
Nota: 7.5/10
Review por Tiago Neves