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Avatarium - "The Fire I Long For" Review


Este quarto álbum dos Avatarium, uma das melhores bandas a surgir na década de 10, a provar que este é mais do que o projeto do ilustre Leif Edling (Candlemass), que saiu do grupo em 2017, após a edição do antecessor deste "The Fire I Long For". Esta banda sueca tem talento a rodos, mesmo sem Leif Edling, a voz profunda e carismática de Jennie-Ann Smith é meia banda e o seu marido, Marcus Jidell, que tem no seu currículo bandas como Evergrey, Soen e Royal Hunt, para além de presenças ao vivo com os Candlemass, tem aqui mais uma excelente prestação e, naturalmente, mais espaço agora a nível composicional.

É mesmo na escrita das canções deste disco que os Avatarium demonstram que podem existir e ser bem sucedidos no presente e no futuro como banda, sem o líder dos Candlemass nas suas fileiras. Excelentes faixas de doom conciso e mid tempo como "Rubicon" e "Porcelain Skull", ou as baladas "Lay Me Down" e "The Fire I Long For", são bons exemplos de que a banda não perdeu qualidades com a saída do seu baixista/compositor. Aliás, todo o álbum é de bom nível e só "Stars They Move", tema calmo com piano a acompanhar a voz de Jennie-Ann Smith, aborrece um pouco aquando da sua audição.

Lançado no final de novembro de 2019, já a fechar mais um ano de grandes álbuns na música pesada, "The Fire I Long For", é um trabalho que reafirma a qualidade deste coletivo escandinavo, que ainda tem no doom à Candlemass e Black Sabbath uma inspiração, mas que é muito mais do que isso, a música da banda tem um travo a rock clássico e mesmo uma sensibilidade pop que lhe dá condições para ambicionar outros voos. É pena os Avatarium tocarem muito pouco, ao vivo, e talvez seja essa uma das razões pelas quais eles não são mais conhecidos e não têm outra dimensão. Por enquanto temos de nos contentar em apreciar os álbuns, o que, tendo em conta o que nos é dado a ouvir nestes cerca de 44 minutos, já é extremamente positivo.

Nota: 8.4/10

Review por Mário Santos Rodrigues