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The Murder of My Sweet - “Brave Tin World” Review


Novo álbum destes suecos, que tem tudo para não ser apenas mais um. “Brave Tin World” é já o quinto longa duração deste quarteto e continua a evidenciar a ascensão natural e maturidade desta banda de metal sinfónico.  Muito aconteceu nestes dois últimos anos, tempo que separa este, de “Personal Hell”, o anterior lançamento. Segundo o que eles próprios nos disseram na entrevista que nos concederam recentemente, as alterações climáticas e decisões de determinados líderes políticos, são assuntos que deixam muita gente preocupada e são por isso temas abordados neste trabalho. Mas também a esperança, ela surge igualmente nas letras dos temas explorados pelos The Murder of My Sweet em “Brave Tin World”.

As composições desta banda continuam, como parece ser a sua imagem de marca, a assemelhar-se a uma banda sonora de um filme. O trabalho de produção é realmente excelente e leva a encarar a sua música dessa forma.  A voz de Angelica Rylin é de uma beleza rara. Poderosa, clara, preenche cada um dos onze temas deste novo trabalho, transmitindo-nos sensações únicas. A guitarra de Christopher Vetter é mágica, assim como os solos que dela consegue retirar. Tudo isto assenta na perfeição sobre um trabalho rítmico de bateria de Daniel Flores e de baixo fortes, deixando algum espaço, prontamente preenchido por teclas, também da responsabilidade do experiente Daniel Flores, que ainda se encarregou das segundas vozes e do trabalho de composição de todos os temas. As letras das músicas giram em volta dos assuntos que já referimos e ainda sobre discriminação social e outras injustiças.

Este álbum saiu no passado dia seis de dezembro pela Frontiers Music e neste momento conta já com dois singles de avanço: “Tin Soldiers” e o mais recente, “Head of the Snake”. Dois temas que espelham por si só toda a magia contida neste trabalho. “Worth Fighting For” e “My Religion” são apenas mais dois temas presentes neste trabalho que atestam todas as qualidades destes suecos.

Quem conhece os anteriores trabalhos deste quarteto de Estocolmo vai aperceber-se de uma evolução, perfeitamente natural neste novo disco. O seu som “cinematográfico”, como eles gostam de lhe chamar e que é o seu cartão de apresentação, continua lá e, por isso, este registo vai continuar a agradar aos fãs da banda. Chamo ainda a atenção para a capa deste álbum. Um trabalho de Mattias Norén, onde surge o próprio filho de Angelica Rylin.

Nota: 8.1/10

Review por António Rodrigues