Com a noite da Consoada a aproximar-se vertiginosamente, o Sabotage Club decidiu colocar uma prenda antecipada no sapatinho de todos os amantes de punk hardcore e agendou para a noite de 21 de dezembro a estreia dos Devil in Me, na mítica sala do Cais do Sodré. A compor um cartaz de luxo para os amantes deste género tínhamos igualmente os Fear The Lord, MEDO e a primeira vez em palco dos Stay Away.
E foi o colectivo da Zona Centro do país que primeiro tomou de assalto o espaço.
E foi o colectivo da Zona Centro do país que primeiro tomou de assalto o espaço.
Com uma sala bem composta, o quarteto arrancou com "The End is Near", logo seguida de "Never Look Back" e "Life of Sin".
O slam dancing tomou conta do centro da sala e a banda mostrou ter espaço e talento para vir a dar cartas, tendo contado com a ajuda do Rafa de Fear The Lord e do Estoura de Viciously Hateful. "No Safe Place" antecedeu a mais aplaudida da atuação dos Stay Away, a versão de "Overcome" dos californianos Terror. O final veio com "Blinded by Hate".
De Faro vieram os MEDO, quinteto que tem sido uma autêntica revelação e que a cada concerto que passa, conta com mais apoiantes
. Com uma setlist manifestamente mais curta para aquilo que era a expectativa da plateia, Catarro e companhia arrancaram com "Tarde Demais", faixa do mais recente álbum dos algarvios, "O Produto Somos Nós", e que previsivelmente acabou por dominar o alinhamento. "Abrigo" antecedeu primeira de duas visitas a "Medocracia" do ano passado, com "Orfão Orgulhoso", logo seguido de "Cair Morto". A prestação dos MEDO fez a sala do Sabotage ebulir, em grande parte movimentada pela malta do grupo de Facebook "Make it Core Make it Hardcore", sempre presentes em concertos do género. Catarro ainda tentou misturar-se como habitualmente pelo meio do público enquanto debitava o excelente hardcore cantado em português dos farenses, mas esta noite foi difícil pois a plateia não parecia querer dar tréguas à festa. Nada melhor então que enaltecer a atitude do público com a versão do velhinho tema da banda estandarte do straight edge nacional X-Acto, e "Atitude" levou a enorme movimentação na sala já quase a abarrotar. "Ritual Ancestral" e "Burla Hardcore", a tal segunda incursão por "Medocracia", antecedeu o final quase apoteótico com "Somos Nós", com toda a sala a gritar a plenos pulmões o refrão. Soube a pouco mas valeu a pena terem ali estado.
De Faro vieram os MEDO, quinteto que tem sido uma autêntica revelação e que a cada concerto que passa, conta com mais apoiantes
. Com uma setlist manifestamente mais curta para aquilo que era a expectativa da plateia, Catarro e companhia arrancaram com "Tarde Demais", faixa do mais recente álbum dos algarvios, "O Produto Somos Nós", e que previsivelmente acabou por dominar o alinhamento. "Abrigo" antecedeu primeira de duas visitas a "Medocracia" do ano passado, com "Orfão Orgulhoso", logo seguido de "Cair Morto". A prestação dos MEDO fez a sala do Sabotage ebulir, em grande parte movimentada pela malta do grupo de Facebook "Make it Core Make it Hardcore", sempre presentes em concertos do género. Catarro ainda tentou misturar-se como habitualmente pelo meio do público enquanto debitava o excelente hardcore cantado em português dos farenses, mas esta noite foi difícil pois a plateia não parecia querer dar tréguas à festa. Nada melhor então que enaltecer a atitude do público com a versão do velhinho tema da banda estandarte do straight edge nacional X-Acto, e "Atitude" levou a enorme movimentação na sala já quase a abarrotar. "Ritual Ancestral" e "Burla Hardcore", a tal segunda incursão por "Medocracia", antecedeu o final quase apoteótico com "Somos Nós", com toda a sala a gritar a plenos pulmões o refrão. Soube a pouco mas valeu a pena terem ali estado.
Rápida troca de instrumentos e surge em palco a terceira banda da noite, os Fear The Lord. Notória a chegada à frente de um grande contingente de amigos da banda de beatdown da Margem Sul, que faria a festa durante a performance, embora alguns dos presentes se moveram mais para a zona do bar ou até ao exterior. Prestes a editar o EP "South Scythe", o quinteto atacou a noite com "Negative and Violent", seguido de "Danse Macabre".
Após viagem até ao Reino Unido para homenagear os Desolated, Rafa e os Fear The Lord terminaram uma energética atuação com "Neck to the Rope", "South Scythe", com ajuda de Estoura dos Viciously Hateful, e "The Judas Finger".
Faltava testemunhar a estreia de Poli Correia e os seus Devil in Me no Sabotage, eles que têm mantido uma agenda preenchidíssima desde que decidiram acabar com o hiato a que tinham votado a banda. Sala a abarrotar e mal o intro terminou e se iniciaram os primeiros acordes de "Soul Rebel", a casa veio abaixo. Com um alinhamento a percorrer toda a sua discografia, mas com enfoque no disco de 2015 "Soul Rebel", a banda lisboeta/algarvia foi sempre acompanhada pela plateia em todas as faixas escolhidas para esta celebração, seguindo por terrenos mais antigos com "Back Against The Wall", "Alive", "On My Own" (sempre favorita entre a plateia) e "From Dusk Till Dawn", bloco que agradou aos mais old school presentes. "Break The Chain" antecedeu a nova "Celebration", com um comunicativo Poli a agradecer a festa, sendo interrompido pelo seu irmão Mike para pedir a todos que se unissem para cantar os parabéns ao carismático vocalista. Visivelmente agradecido com a surpresa, Poli depressa sacudiu o embaraço com "Only God e "Brothers in Arms", dedicado também ao irmão Mike. "The End" antecedeu "Warriors", a faixa de "Soul Rebel" que gravaram com Freddy Cricien dos Madball, e que tem honras de videoclip recentemente apresentado, aproveitando a presença da banda nova-iorquina no Lisbon Tattoo Rock Fest em Novembro último. O final veio com "Knowledge Is Power", mas parecia que se a banda quisesse tocar mais duas horas, ninguém se importava.
Faltava testemunhar a estreia de Poli Correia e os seus Devil in Me no Sabotage, eles que têm mantido uma agenda preenchidíssima desde que decidiram acabar com o hiato a que tinham votado a banda. Sala a abarrotar e mal o intro terminou e se iniciaram os primeiros acordes de "Soul Rebel", a casa veio abaixo. Com um alinhamento a percorrer toda a sua discografia, mas com enfoque no disco de 2015 "Soul Rebel", a banda lisboeta/algarvia foi sempre acompanhada pela plateia em todas as faixas escolhidas para esta celebração, seguindo por terrenos mais antigos com "Back Against The Wall", "Alive", "On My Own" (sempre favorita entre a plateia) e "From Dusk Till Dawn", bloco que agradou aos mais old school presentes. "Break The Chain" antecedeu a nova "Celebration", com um comunicativo Poli a agradecer a festa, sendo interrompido pelo seu irmão Mike para pedir a todos que se unissem para cantar os parabéns ao carismático vocalista. Visivelmente agradecido com a surpresa, Poli depressa sacudiu o embaraço com "Only God e "Brothers in Arms", dedicado também ao irmão Mike. "The End" antecedeu "Warriors", a faixa de "Soul Rebel" que gravaram com Freddy Cricien dos Madball, e que tem honras de videoclip recentemente apresentado, aproveitando a presença da banda nova-iorquina no Lisbon Tattoo Rock Fest em Novembro último. O final veio com "Knowledge Is Power", mas parecia que se a banda quisesse tocar mais duas horas, ninguém se importava.
Texto por Vasco Rodrigues
Fotografias por Sabena Costa
Agradecimentos: Sabotage Club