Incrível a persistência destes ingleses, que se preparam para lançar, no próximo dia 17 de janeiro, o seu vigésimo primeiro álbum de originais. “The Serpent Rings” será o seu título e logo por aí percebemos que a fantasia continua a ocupar uma posição de destaque nas suas composições. Os Magnum não foram criadores de um estilo musical, no entanto, as suas músicas têm algo de característico, o que faz com que as consigamos identificar como sendo deles, escutando apenas alguns acordes iniciais. Por vezes nem precisamos de ouvir o vocalista, são poucas as bandas capazes de fazer o mesmo, incutindo um cunho tão identificativo nos seus temas.
Atualmente, com apenas dois dos membros da formação original, o que não é de estranhar, tendo em conta os anos que a banda tem, a fórmula principal tem prevalecido: O incansável guitarrista Tony Clarkin, encarrega-se da composição e produção de todas as faixas, pensando sempre num próximo álbum, logo que o último esteja concluído; A voz de Bob Catley dá aquele toque único à música destes britânicos. Este foi o método usado em 1978, com o álbum de estreia, “Kingdom of Madness”, nos mais bem-sucedidos trabalhos da banda: “On a Storyteller´s Night”, de 1985 e “Vigilante”, de 1986 e agora, com o novíssimo “The Serpent Rings”.
Apesar da bem-sucedida década de oitenta, os Magnum afirmam que agora é que se encontram a fazer a música com que realmente se identificam, fugindo do estilo pop que estiveram quase a abraçar, um pouco por imposição da antiga editora. Fantástico, mágico, este novo trabalho evoca também temas atuais, como o surgimento de falsos messias que trazem consigo falsas promessas em “Madman or Messiah”. As teclas de Rick Benton continuam também a ser parte integrante da sonoridade desta banda e não apenas um complemento. Elas ajudam a preencher o som em todos os temas.
“The Serpent Rings” é composto por onze bons temas. Podemos não encontrar nenhuma malha que se aproxime de “Just Like na Arrow”, ou de “Lonely Night”, mas temos, por exemplo: “House of Kings”, ou “Madman or Messiah”, de que há pouco falámos e que é também ela um possível hit.
Com este trabalho, a banda ganhou uma nova vida. A vinda de Dennis Ward, baixista que já passou por bandas como: Unisonic, Pink Cream 69 e Place Vendome, trouxe também consigo algum sangue novo. Ingredientes extra, que estão a deixar os Magnum ansiosos para esta nova tournée que se avizinha, onde já prometeram incluir quatro, ou cinco temas deste novo álbum no seu setlist. Ela vai arrancar em março e para já, Portugal está de fora. Pode ser que, entretanto, alguém os convença a visitar o nosso país.
Nota: 8.7/10
Nota: 8.7/10
Review por António Rodrigues