Os Hanging Garden produzem aquele muito característico metal finlandês carregado de melodias melancólicas, que contrastam com grunhidos e riffs musculados de death metal e ainda adicionam umas ligeiras nuances de gótico e de doom na atmosfera. Se eliminarmos o contexto e os significados das palavras na última frase até parece que a banda está a fazer algo muito exótico e revolucionário, mas claro que, tendo-os em conta, é fácil pensar que isto é mais alguma banda a tentar seguir as pegadas de Draconian e Novembers Doom. Ao ouvir “Into That Good Night” fica-se bem com a certeza de que é realmente e apenas isso.
Sendo que já por aí andam desde o início do milénio e que têm no seu catálogo discos bem interessantes durante a fase inicial, como o debutante “Inherit The Eden”, o que se verifica é que, à medida que os membros originais foram saindo da banda até ficar apenas o guitarrista Mikko Kolari, os Hanging Garden foram perdendo força e carácter e tornaram-se numa banda muito dispensável, salvo apenas para os mais acérrimos fãs deste estilo, e este sexto álbum só o veio confirmar. Com o tema-título, “Signs of Affection” e “Silent Sentinels” a figurarem entre os temas mais bem conseguidos do disco, não apresentando nada de novo mas refrescando a velha fórmula na forma como a apresentam, tudo o resto não fica na memória nem deixa grande vontade de se voltar a fazer rodar o álbum.
Não querendo dizer que o álbum é mau, mas com bandas como as já mencionadas a praticarem uma sonoridade tão semelhante e muito melhor trabalhada, deixa “Into That Good Night” como sendo apenas uma paragem opcional para aqueles que gostam de se imergir completamente no Death/ Doom Gótico comum que por aqui é praticado.
Nota: 5.5/10
Nota: 5.5/10
Review por Tiago Neves
