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Entrevista aos Equaleft


Os Equaleft são uma das bandas mais respeitadas do panorama do underground nacional. Na verdade, onde quer que vão, levam sempre uma legião de fãs. São eles Miguel 'Inglês', Bernardo 'Malone', Miguel Martins, Marco Duarte e André Matos. Após o lançamento do álbum "We Defy" e feitas as devidas apresentações, os Equaleft disponibilizaram-se para responder a umas questões. 


M.I. - Agora que o álbum "We Defy" foi lançado o que o distingue do seu antecessor? 

Com este álbum demos um passo em frente no que toca à nossa sonoridade, foi um enorme desafio para todos nós em criar estas músicas. Conseguimos captar bem em disco a energia que temos ao vivo e também incluir outros elementos sonoros que não tínhamos no “Adapt & Survive”, como por exemplo os teclados que fez com que tivéssemos ambientes que até agora não tínhamos. Sentimo-nos musicalmente muito mais completos sem nunca perder o nosso caminho e som característico.

M.I. - Como tem sido o acolhimento por parte do público deste novo álbum?

O feedback tem sido positivo, prova disso foi a festa do lançamento do disco no Hard Club completamente esgotada. Obviamente que isso deu-nos ainda mais força para os outros concertos que vamos tendo e também para os objetivos que pretendemos alcançar. Conseguimos também chegar a algum público que nos desconhecia e isso é um dos objetivos que pretendíamos 

       
M.I. - Os 5 anos que separam o "Adapt & Survive" do "We defy", com o natural amadurecimento da banda e com alterações da composição física da banda, como funcionou a composição? Quem é responsável pela parte lírica?

Demorou mais tempo do que estávamos à espera, houve algumas alterações no line-up da banda, mas o que nos fez atrasar foi estarmos constantemente a tocar ao vivo. Aliás no fundo até foi bom pois possivelmente ganhamos ainda mais experiência com esses concertos todos, a rodagem fez-nos crescer tanto como músicos como pessoas. Também as ideias e músicas que estávamos a preparar foram podendo ser alteradas e tiveram assim espaço para amadurecerem um pouco mais.  A parte lírica continuo a ser eu como nos trabalhos anteriores. 


M.I. - Existiram algumas participações especiais no "Adapt & Survive" , que participações especiais podemos esperar no "We Defy"?

Tivemos as participações de guitarristas amigos como o Nuno Veggy que já foi nosso guitarrista e que fazia todo o sentido participar neste álbum, a do André Ribeiro (Sullen, Sollar) e o Gonçalinho com o Saxofone.
       

M.I. - Como surgiram estas participações, nomeadamente, na "Uncover the Masks"?  
       
A "Uncover the Masks" decidimos regravar pois achamos que encaixava bem neste disco.  Já a tínhamos gravado no Ep “…the Truth Vnravels” em 2010, também na altura tivemos um convidado e quisemos novamente repetir o convite a um saxofonista, que desta vez foi o Gonçalinho um amigo próximo do nosso baterista Marco Duarte,
       
M.I. - Equaleft tem dividido palco com nomes sonantes como Gojira e Sepultura, e ultimamente, têm surgido alguns burburinhos, quanto ao alegado vedetismo que se tem vindo a sentir por parte de algumas bandas no metal nacional, sentem esse vedetismo?
       
Sinceramente não ligamos muito a isso, sempre nos concentramos no principal objetivo que é criar música e poder partilha-la com outros, esse tipo de “novelas” não vale a pena. Sempre houve e vai sempre haver esse tipo de situações, o que importa é manter o foco na música e não nisso. 


M.I. - Equaleft é uma das bandas mais respeitadas, e atrevo-me a dizer, mais acarinhadas do público do underground nacional, qual o segredo?

O segredo é continuar a fazer a música que gostamos e respeitar bandas, público, organizadores, etc com quem nos cruzamos. Há espaço para todos e o underground está bem vivo, cheio de bandas novas e temos que aprender uns com os outros. Para nós é fundamental sentir a música que criamos para a podermos partilhar de uma forma mais sincera. 


M.I. - Quem são os Equaleft? Quais as premissas que regem esta banda?

O Equaleft são eu Miguel Inglês na voz, Bernardo “Malone” e Miguel Martins nas guitarras, André Matos no baixo e Marco Duarte na Bateria. Em Equaleft tentamos ao máximo ter a maior liberdade na composição das músicas que fazemos, damos um pouco de cada um de nós e tem funcionado ao longo dos anos. Embora tenhamos tido bastantes mudanças na formação, sempre conseguimos os adaptar e sobreviver aos obstáculos que nos aparecem pela frente. 

M.I. - Estamos habituados a ver Equaleft no Metalpoint, Equaleft no hard club, Equaleft em diversos festivais, mas não é habitual uma banda de metal do panorama urderground num Hard Rock, como foi atuar numa sala diferente?

Desafios é algo que gostamos muito e então o Hard Rock Café Porto lançou-nos o desafio de fazer um concerto cujo o valor total revertia para apoiar a investigação do cancro da mama através do Fundo IMM Laço. Assim com este concerto do Pinktober fomos a primeira banda de metal a tocar no Hard Rock Café Porto, conseguimos assim uma casa cheia e ajudar numa causa tão nobre. 
Mostramos o porquê de o público do metal ser tão solidário e unido em causas destas.


M.I. - Mesmo não sendo um evento num local onde não fazem concertos de metal conseguiram esgotar o Hard Rock Café Porto. Próximos concertos?

Vamos ter bastantes em 2020, mas anunciados para já só da nossa presença no mítico SWR- Barroselas Metalfest .

Entrevista por Ana Carneiro