Mark Lanegan goza de estatuto de culto no nosso país, o que faz com que as suas apresentações em Portugal sejam uma verdadeira celebração entre o cantor norte americano da voz rouca e soturna e os seus fiéis seguidores. E a mais recente passagem de Lanegan por Lisboa não foi excepção. Um chuvoso dia 30 de Outubro em Lisboa testemunhou a passagem pela capital da digressão europeia de apresentação do novo disco “Somebody’s Knocking”, gravado em apenas 11 dias em Los Angeles.
O Lisboa ao Vivo ainda despido de público recebeu o australiano Simon Bonney, acompanhado pela esposa Bronwyn Adams, eles que representam o que ainda sobra dos Crime & the City Solution, a banda de pós-punk criada por Bonney antes de trocar Sidney por Detroit, e enveredar pelos caminhos da country music.
Com a edição este ano de "Past, Present, Future", Simon passa em revista toda uma carreira, com destaque para "Time Machine" ou "A White Suit in Menphis".
Perto das 22 horas, Mark Lanegan e banda entram em palco algo despreocupados, e arrancam a celebração com "Disbelief Suspension" e "Letter Never Sent", imitando o alinhamento do novo disco.
Temos Lanegan numa versão mais descontraída, dançável até, a tocar a maioria dos novos temas mas, para grande felicidade da plateia, a passar em revista alguns dos seus temas mais emblemáticos mas sem nunca regredir abaixo de "Bubblegum" de 2004. Oscilando a orientação musical entre o gótico de "Nocturne" ou a new wave de "Beehive", entrando pelo território rock com "Hit the City”, mas são os temas de "Phantom Radio" que merecem melhor receptividade dos presentes, ou não fosse esse o disco que unanimemente se considera o melhor de Lanegan. "Floor of the Ocean", "Harvest Home" e o excelente "Death Trip to Tulsa" a anteceder o encore, garantiram um vitorioso regresso a Portugal (depois da data de Lisboa, o Hard Club do Porto receberia o norte americano). O encore inicia-se com a balada "Come to Me", seguida da nova "Playing Nero" e termina em beleza com "The Killing Season".
Temos Lanegan numa versão mais descontraída, dançável até, a tocar a maioria dos novos temas mas, para grande felicidade da plateia, a passar em revista alguns dos seus temas mais emblemáticos mas sem nunca regredir abaixo de "Bubblegum" de 2004. Oscilando a orientação musical entre o gótico de "Nocturne" ou a new wave de "Beehive", entrando pelo território rock com "Hit the City”, mas são os temas de "Phantom Radio" que merecem melhor receptividade dos presentes, ou não fosse esse o disco que unanimemente se considera o melhor de Lanegan. "Floor of the Ocean", "Harvest Home" e o excelente "Death Trip to Tulsa" a anteceder o encore, garantiram um vitorioso regresso a Portugal (depois da data de Lisboa, o Hard Club do Porto receberia o norte americano). O encore inicia-se com a balada "Come to Me", seguida da nova "Playing Nero" e termina em beleza com "The Killing Season".
Texto por Vasco Rodrigues
Fotografia por Anne Carvalho
Agradecimentos: Lemon Live Entertainment
