Muita coisa aconteceu entre estes dois álbuns (“Personal Hell” and “Brave Tin World”). Por isso, tivemos a oportunidade de conversar com a cantora Angelica Rylin, desta banda sueca de Gothic/Symphonic Metal. Conversámos sobre a mudanças climáticas, o ponto de vista dela sobre este assunto, a experiência de conhecer fãs, maternidade e muito mais. Aqui está The Murder Of My Sweet no seu melhor.
M.I - Olá e obrigada por teres tirado algum do teu tempo para responder a algumas das nossas perguntas. Como têm passado?
Olá! Nós estamos bem e ansiosos pelo lançamento do álbum.
M.I - Após dois anos, vocês lançarão um novo álbum, chamado “Brave Tin World”, no dia 6 de Dezembro, pela editora Frontiers Music Srl. Podes explicar o porquê de ter demorado tanto tempo?
Dois anos são, de facto, bastante normais para nós. Tendemos a ser muito meticulosos sobre a composições e a produção e não queremos desperdiçar mais um disco, para divulgar mais músicas. Queremos oferecer qualidade, não quantidade e acho que os nossos fãs mais devotos sabem e esperam isso.
M.I - Conta-nos a ideia por trás das letras e música do álbum.
Neste álbum, fomos inspirados pelo que está a acontecer no mundo actualmente. Há muitos grandes movimentos políticos que estão a acontecer e decisões estranhas, tomadas pelos líderes mundiais, e então temos o debate climático e o que resume a que tipo de mundo deixaremos aos nossos filhos e netos quando crescerem.
M.I - O primeiro single oficial e faixa de abertura do álbum chama-se “Tin Soldiers”. Qual é o conceito da música?
“Tin Soldiers” tem a ver com a desigualdade. Estamos a caminhar para uma sociedade em que homens e mulheres devem ser iguais. Mas há ainda muito trabalho a fazer nesse departamento.
M.I - Na capa do álbum, podemos ver uma criança, provavelmente com 2 anos de idade, no seu quarto, a segurar um balão, a olhar para fora da porta e a ver o espaço, através dos seus olhos. O que nos estão a tentar dizer com esta capa (alguma mensagem)?
O debate climático, e como cuidamos do nosso planeta, é algo muito importante para mim e precisamos de agir e levar a sério. O menino é, na verdade, meu filho, e queríamos imaginá-lo como a próxima geração, a olhar o mundo como o deixámos. Tivemos uma excelente ajuda de Mattias Norén, que fez algumas das nossas outras capas de álbuns.
M.I - Podemos verificar que vocês criaram a vossa própria identidade e, claramente, a cultura nórdica tem um grande impacto no vosso trabalho e muitos fãs revêm-se na mesma. Como se sentem sobre isso?
Eu sinto-me honrada, toda a vez que um fã nos escreve a dizer o quanto a nossa música significa para eles ou para nos informar que os ajudamos, durante um período difícil de suas vidas. Além disso, estou admirada com o simples facto de que a música, não importa o género ou estilo, possa ter um impacto tão forte nas pessoas.
M.I - Quais são os objectivos deste álbum? Eu li na vossa página do Facebook e cito: “Este álbum tem algo que nunca fizemos”. O que querem dizer com isto?
Nós temos várias músicas independentes, que não são necessariamente forçadas a serem épicas. O nosso objectivo neste álbum era fazer com que as músicas soassem “naturais”.
M.I - Sentimos que estamos num filme e este álbum é a banda sonora perfeita para o mesmo. Tão poderoso. O que mudou entre este e “Echoes Of The Aftermath”?
O nosso objectivo sempre foi criar um som cinematográfico e a tua descrição realmente captura isso, por isso, obrigada. Sempre procuramos crescer e evoluir entre álbuns, tanto como músicos, quanto como banda. Desta vez, também me tornei mãe.
M.I - Podemos esperar para o ano uma tournée e irá passar por Portugal?
Estamos sempre ansiosos por tocar ao vivo e ainda não estivemos em Portugal, por isso, quem sabe? Não temos nenhuma tournée planeada, mas adorava ir a Portugal.
M.I - Mais uma vez, obrigada pelo teu tempo e gentileza. Algumas palavras finais, que gostaria de compartilhar com os nossos leitores?
Obrigada por reservar um tempo para ler esta entrevista. Espero que compre uma cópia do álbum, no dia 6 de dezembro. Até lá, pode escutar os singles e os nossos álbuns anteriores no Spotify e YouTube.
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Entrevista por Raquel Miranda