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Entrevista aos Basalto



Basalto é um trio viseense que lentamente tem vindo a conseguir algum protagonismo e projecção no circuito nacional, praticando uma mistura de doom e sludge. Com novo disco, "Odor", a editar nos primeiros dias de novembro, surgiu a oportunidade da Metal Imperium conhecer melhor o colectivo, através das palavras de António Baptista, guitarrista e agora vocalista. 

M.I. - O vosso segundo trabalho lentamente foi progredindo e ganhando terreno, qual o balanço final?

Em termos de balanço estamos satisfeitos com a aceitação geral que o "Doença" teve. Acho que conseguimos mais visibilidade no meio underground nacional, e até arrisco em algum espanhol. Claro que com isso surgiram melhores oportunidades para tocar em espaços com mais público. Penso que o ponto alto terão sido a oportunidade de tocar no Hard Club com casa cheia e o Vagos Metal Fest, não retirando qualquer valor a todos os outros concertos, claro.


M.I. - Neste disco, vocês usam uma letra para alguns dos vossos temas. Porquê?

Foi uma ideia que vinha em crescendo. Já no "Doença" tínhamos apontamentos de voz, mas sem uma ideia definida. Funcionava mais como um layer na música. Neste álbum tentámos levar as coisas duma maneira que tivesse mais sentido. O Martim Sousa é uma pessoa que nos tem acompanhado desde o ínicio da banda ao escrever uns textos relacionados com o tema envolvente do álbum. Desta vez resolvemos absorver as coisas de outro parâmetro.


M.I. - Curiosamente o texto foi seccionado ao longo de vários temas. Como surgiu a ideia, porque fizeram isto?

Foi exactamente no sentido de ligar um pouco tudo no álbum. Foi assim que foi surgindo e assim assumimos. Era dificil pôr tudo numa só música, portanto resolvemos abordar o texto desta maneira.


M.I. - Eventualmente este disco soa mais doom que sludge. Intencional? Necessidade de mudar?

Intencional acho que sim. Em termos de necessidade de mudar acho que não. Fomos naquilo que nos sentimos bem quando estamos a compor. Começámos a abordar o álbum mais por aí, embora achemos que continua a ter bastantes elementos variados. 


M.I. - Ao terceiro disco, continuam a insistir em lançar por vocês próprios. Desinteresse das editoras? Politica vossa?

Já recebemos algumas propostas, mas apenas o vamos fazer se forem propostas decentes. Não vamos estar a pagar para lançar álbuns na editora X. Nem pensar. Para isso lançamos nós e amortizamos os custos com a venda dos cds.


M.I. - Associado ao trio está a Fora de Rebanho, uma associação bastante activa.

Somos um grupo de amigos que faz algo pela sua cidade. É tão simples quanto isso. Gostamos de música alternativa, desde Rock ao mais extremo. Havia uma lacuna em Viseu, desde há vários anos e resolvemos meter mãos á obra. Abordamos quase todos os estilos de música alternativos com a devida coerência e fazemos uma programação regular que ajuda a alimentar o underground viseense e as suas bandas. Os Basalto em si, programam também o seu próprio festival, chamado Doomed Fest. Tem a sua 2ª edição dia 8 de Fevereiro de 2020.


M.I. - O lançamento do disco é dia 1, tocam no Oeste Underground Fest no dia 2 e visitam Braga no dia 3. Quem serão as bandas suporte? Que mais vem a seguir?

Em Viseu tocamos com os Boulder. Na Malveira tocámos com Gwydion, Corpus Christii, Basement Torture Killings, Destroyers of All, Valafar, Biolence, Skinning, Congruity, Wicked, Dharma e  Phreneticis. Em Braga tocamos com Milf e Sadistik Overkill. Vamos também pela primeira vez á Madeira no Oath Circle Meeting em Novembro, tocamos no Porto com Pyogenesis em fevereiro e no Laurus em Julho. Temos muito mais em detalhes finais, mas ainda é cedo para falar. As datas vão aparecendo com tempo. A ideia é fazer uma boa Tour com o Odor e levá-lo a mais sítios e novos países. 

Entrevista por Freebird