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Reportagem Lvnae Lvmen e HochiminH @ Theatro Club, Cacém 1 de Fevereiro 2019

Depois de há umas semanas ter recebido os Mata-Ratos, a discoteca Theatro Club no Cacém abriu o seu espaço no primeiro dia de Fevereiro para receber directamente de Beja os HoChiMinh, com a primeira parte a cargo dos Lvnae Lvmen, também eles com raízes profundas na capital do Baixo Alentejo.

Apesar das 22h30 divulgadas para início dos concertos, na realidade já era dia 2 de Fevereiro quando a banda de Sérgio Páscoa tomou posição no amplo palco do local.


Com um brilhante pano de fundo a simular um teatro, um verdadeiro trompe l’oeil que dá logo outra ambiência aos concertos, Os Lvnae Lvmen iniciaram a sua prestação com “Death Or Glory”, o já habitual tema de abertura, com a também habitual presença do som de bandolim nas mãos do frontman, ele que é um dos maiores impulsionadores do underground metálico nacional.


A sala composta foi ajudando à festa, com o death metal de inspiração na história de Portugal a ecoar forte e coeso. Bem disposto, Sérgio foi introduzindo a sua versão de diversos episódios na nossa história imediatamente seguida por grandes malhas como “Nebula Horrenda” ou “The Punishment of 1531” (um terramoto muito mais importante que o de 1755, nas suas palavras).

Já por várias vezes assistimos a excelentes prestações dos HochiminH por Lisboa e arredores (relembro um excelente concerto no Bardoada), e sabemos que João Ramos é um frontman de excelência, mas o concerto desta noite ficará decerto na lembrança de quem lá esteve por muito tempo.


O arranque com a tripla “Liar”, “Blindness” e “Alive” meteu logo a plateia em reboliço, mostrando que o heavy metal aliado aos beats electrónicos dos alentejanos segura muito bem qualquer espaço, e lançava um som perfeito dos monitores. A banda soa muito melhor ao vivo do que em disco e isso fica patente em temas como “I Hope You Never” ou “Way of Retain”, ambos de “It Has Begun”, a rodela que a Raging Planet lançou em 2009.


Ramos lançou várias “bocas” à plateia, convidou um aniversariante ao palco, e viu-se que adorou o carinho que uma sala extremamente bem composta (e o espaço é grande!) ofereceu à sua banda. A tradicional versão de “Enjoy The Silence”, dos Depeche Mode, não pode faltar, nem algum crowd surfing pelo meio.


No final, os presentes decidiram que ainda era cedo para ir para casa, levando a banda a um encore onde repetiram as faixas “Way of Retain” e “Alive”.
Depois de uma noite destas, é caso para perguntar quando é o próximo...