Recentemente fomos prendados pelos Haunted, banda italiana de stoner e doom metal. O quinteto que apresenta uma voz feminina (Cristina Chimirri) e tem suporte instrumental de Frank Tudisco (baixo), Dario Casabona (bateria) - bem como a dupla Francesco Bauso e Francesco Orlando nas guitarras , lançou este ano "Dayburner", uma peça interessante com uma hora e seis minutos sensivelmente.
Começamos com "Mourning Sun", e somos penetrados pelo som de orgãos de igreja seguidos por uma batida lenta bem ao estilo do doom metal. A voz de Cristina Chimirri assombra-nos o ouvido e somos cativados pelo timbre forte, embora feminino da vocalista italiana e durante quase nove minutos esta música entra-nos na cabeça. A destacar ainda temos "Waterdawn" e "Dayburner" (segunda e terceira faixa do álbum, respectivamente) que, mantendo o mesmo registo do início do álbum, os tons arrastados e hipnotizantes do registo doom são acompanhados pela voz marcante da vocalista. "Communion", quarta faixa de "Dayburner", dá uma pausa às vozes e, durante um minuto, temos um instrumental com passagens que nos cativam. Em seguida temos "Orphic" onde ao longo de quase 13 minutos o ritmo que, embora seja no registo do doom metal, parece que conseguimos reparar em algo mais oculto e místico. "Vespertine", sexta faixa do álbum mantem a mesma linha e, seguindo os padrões do álbum, consegue ser marcante para o ouvinte que cada vez mais sente a intensidade e a característica voz de Cristina Chimirri a entrar no ouvido. Após um belo instrumental de quase 3 minutos - cujo nome é "No Conneciton with Dust" - temos "Lunar Grave", última faixa do álbum que consegue marcar o ouvinte mais céptico ao doom metal.
Com um álbum deste calibre, os Haunted mostram-nos que apesar de curta, a carreira da banda tem muito a oferecer e com certeza estaremos aqui a aguardar mais notícias da banda.
Review por Carolina Lisboa Pereira