Há um caminho que se percorre até “Almagest”. Começa-se em «Cold Confort», sete anos atrás, passa-se pelo exorcismo do Ep, «Quarto Vazio» há quatro anos, e depois entra-se em «Raging Light». Continuam presentes as goth/death/doom, mas há mais e percebe-se logo em “Dead Time”, segunda faixa do disco. O grupo cresceu, os novos elementos trouxeram algo que se fundiu no DNA do duo original e há aqui mais rock, por vezes até groovy, ou post-rock, em momentos mais soturnos e densos.
Os músicos cresceram, as músicas também, embora aqui e ali se encontre um excesso de composição, mas depois chega-se a “Almagest”. Dezassete minutos de som que esmagam, apesar da delicadeza das cordas que a anunciam, como folham outonal que lentamente cai, anunciando um inverno que chega. “Almagest” ofusca as demais faixas. Se até essa oitava faixa o disco corre acima da média, em “Almagest” supera-se. Sete anos, um álbum, um Ep e sete faixas até lá chegar. Soberba “Almagest”.
Nota: 8/10
Review por Rita Afonso