É de Espanha que vem uma das melhores entre as melhores bandas da nova vaga do thrash metal. O quarteto formado por Guillermo Izquierdo, David G. Álvarez, Víctor Valera e José J. Izquierdo existe e encontra-se inseparável desde o primeiro ano deste milénio e tal facto nota-se na consistência da música composta pela banda.
"Cabaret de la Guillotine" é já o sexto álbum da banda de Albacete e neste pode-se escutar dez temas que mostram uma banda em grande forma e no topo da sua maturidade musical. Ainda é thrash metal à séria que podemos ouvir por parte dos Angelus Apatrida mas foram aqui adicionadas umas doses extra de melodia, variedade e acessibilidade que tornam a audição deste álbum uma excelente experiência. Ao som thrash rápido e extremamente bem executado, característico da banda, vemos adicionados refrões com voz mais limpa nalgumas músicas, sendo que um ou outro não destoaria num álbum de Trivium. A variabilidade de estilos vocais utilizada por Guillermo Izquierdo é grande, neste disco, o que dá outra dinâmica à sonoridade praticada. Novidade neste álbum é também aquela que é a primeira balada da carreira deste espanhóis, um ótimo tema, intitulado "Farewell", na linha de uns Metallica ou Testament. Os temas que abrem o álbum, "Sharpen the Guillotine" e "Betrayed" são viciantes logo nas primeiras audições mas também se destacam no disco a poderosa "Downfall of the Nation", "The Die Is Cast" e a supra-citada balada.
Quem diria que em pleno 2018, com o thrash metal a caminhar para os 40 anos de existência, que este importante sub-género do metal mostraria uma vitalidade impressionante, com bandas clássicas a lançar ótimos trabalhos e outras mais recentes como os Angelus Apatrida a seguirem-lhes as pisadas com grande sucesso.
Nota: 8.5/10
Review por Mário Santos Rodrigues