Adam "Nergal" Darski foi oficialmente acusado pelas autoridades polacas por, alegadamente, ter desrespeitado um dos símbolos nacionais do seu país. Em causa estão os trabalhos artísticos e a merchandise da tour "Republic Of The Unfaithful" da banda, que o Ministério Público de Gdańsk, no norte da Polónia, diz ser "insultuoso" para o brasão nacional.
Um especialista em heráldica e iconografia determinou que a arte da tour apresentou "uma imagem distorcida do emblema nacional da Polónia", de acordo com o Ministério Público. A obra de arte "incluiu elementos e símbolos considerados satânicos e anti-cristãos, com o objetivo de transmitir conteúdos muito distantes da ideologia histórica e de estado", disse o Ministério Público. São esses elementos: uma águia branca com um bico dourado e garras, a usar uma coroa dourada e escudo vermelho (como se pode ver na foto acima).
Quem promoveu a tour foram Nergal e Maciej G., que estão acusados de afrontar, publicamente, o emblema nacional polaco, que carrega uma pena máxima de um ano de prisão. Também é acusado Rafał Wechterowicz, o artista gráfico que trabalhou na obra de arte dos Behemoth.
Nergal, declarou-se inocente das acusações e até comentou o caso no seu Instagram. "Bem, esta é a primeira coisa que me atinge depois de voltar de uma viagem de férias relaxante e ensolarada. Eu e outros dois tipos somos acusados de profanar o emblema polaco. Que pateta! O PiS-driven Poland (partido político de direita, nacional-conservador e democrático cristão na Polónia) está a tentar fazer o melhor para me deitar abaixo...como exemplo, eu acho. Mas a primeira coisa é: não é um emblema polaco. Segundo...vamos deixar esses argumentos para o processo judicial que deve começar em breve! Há limites para tal obscuridade e cegueira? Vamos a isso!"
Recorde-se que em 2011, Nergal foi absolvido das acusações de insulto ao sentimento religioso, por ter chamado a Igreja Católica de "culto mais assassino do planeta" durante a apresentação da banda, em setembro de 2007, em Gdynia, em que também rasgou uma cópia da Bíblia, à qual chamou "livro de mentiras".
Por: Marta Pinheiro - 12 Janeiro 18
