Não se trata do nono disco de Veinless, mas do segundo, apenas que girando à volta do número nove. Afastadas as confusões, a banda de Almada, composta por Paulo “Thrash” Gabriel na bateria, Kronos e Roger nas guitarras, Eddie no baixo e António Boieiro na voz, segue o trilho de “Share the Guilt”, de 12, naquilo que definem como Metal/Alternativo, em que cruzam várias correntes do Hard Rock e Metal, por vezes.
O arranque faz-se com energia, num som que remete a Pantera, mas possui uma linha de guitarra mais calma. É “Wake Up”, faixa que faz jus ao nome, e seguida da primeira de muitas músicas em português, “Outra Vez” em que uns vocais à Mão Morta mergulham num vórtice de thrash. Com a melancolia de “Land Of Lust”, as coisas pioram, entra-se em terrenos de gótico, e o mal não vem por aí, mas porque musicalmente se entra no cliché e ao terceiro tema ainda não se definiu um estilo.
Escuta-se “Basta Besta” e percebe-se que a colocação da voz, bem como a qualidade das letras, não serve à dinâmica instrumental, claramente superior. Mais que a execução técnica, que está lá e um som que por vezes se revela poderoso, como nos segundos iniciais de “Johnny The Real”, o que falha neste disco, além do problema vocal, é uma definição de estilo. Há a falta de consolidação de uma linha musical, quando aqui se encontram várias, e uma maior coesão entre os vários elementos, novamente o problema recaindo na métrica das letras e na linha vocal, como se observa na power ballad “O Mesmo Acordar”. Quanto ao resto, este “IX” já tem potencial, resta apenas acertar as peças e calibrar o tiro.
Nota: 7/10
Review por Emanuel Ferreira