A festa era dos portuenses Redemptus que lançavam o seu segundo longa-duração, mas os cabeças-de-cartaz foram os Sinistros, recém-chegados da sua terceira digressão europeia, desde o lançamento de “Every Red Heart Fades To Black” e como não há duas sem três, os Greengo tiveram também, uma noite especial, em que brilharam e se revelaram como um dos nomes mais interessantes nas esperanças de 2017.
Greengo são dois, Martelo no baixo e Chaka na bateria, vêm do Porto e fazem um stoner dopado. Ainda só possuem uma tape, homónima, e no bandcamp pode escutar-se “Free The Leaf”, um dos temas executados nesta noite, num set muito bom, em que o duo revelou possuir variedade nas suas abordagens. Excelente.
As sombras de Redemptus delinearam-se face a uma projecção que camuflava o trio e o confundia com o cenário, enquanto dos instrumentos saíam acordes de “Every Red Heart Fades To Black” que se apresentava nesta noite. Mais doom, menos sludge, o trio continua impressionante, afirmando-se mais uma vez, como um dos projectos mais interessantes que se apresenta a norte do país.
Finalmente, Sinistro, com um cenário em que a luz incide essencialmente sobre a vocalista Patrícia, enquanto os três restantes elementos se escondem nas sombras, resultando tudo muito bem. Do novo “Sangue Cássia”, apenas um tema, no resto foi a viagem até “Semente”, disco que lhes tem valido uma carreira internacional em ascensão.
A projecção de filmes e dos vídeos alusivos aos temas, só criou um ambiente ainda mais hipnótico, culminando em grande, uma noite em que cada nome valeu por si próprio.
Texto e fotografias por Emanuel Ferreira
Agradecimentos: Raging Planet