O RCA recebeu, no passado dia 5 de Novembro, a única data em solo nacional da tour europeia Only Death Is Real, que trouxe ao velho continente os nova-iorquinos Stray From The Path, auxiliados pelos californianos Capsize e os galegos We Ride.
Pelas 17 horas entram em palco os galegos de Vigo, We Ride, para iniciar as hostilidades, apresentando a maior parte dos temas do novíssimo “Empowering Life”. A carismática Mimi nunca deixou de comunicar com o público presente, quer em castelhano quer num português próximo do galego, mantendo os amantes do hardcore animados, durante os cerca de 40 minutos, em que estiveram em palco. Destaque para a incursão até 2012, com o clássico “Never Lower Your Head”, retirado do LP “On The Edge” e o final do espectáculo com a dupla “Do It All Again” e “Stay Gold”, a provocar muitos aplausos na plateia, que acompanhou sempre a banda.
Após uma curta mudança de material em cima de palco é hora dos californianos Capsize animarem as hostes, que entretanto iam gerando uma moldura humana interessante. Com apenas um álbum gravado, “The Angst In My Veins” de 2014, e diversas músicas espalhadas por diferentes colectâneas, a banda liderada por Daniel Wand manteve a plateia animada, com faixas como o tema título do seu disco, “I Think It’s Best We Don’t Talk Anymore” ou “Fake Love”.
Bastava olhar para o público que estava presente no RCA, nesse fim de tarde frio, para perceber que estavam ali pelos cabeças de cartaz. Os nova-iorquinos Stray From The Path têm vindo a amealhar fãs, um pouco por toda a Europa e Portugal não é excepção. Não é de admirar que logo ao primeiro acorde de “The Opening Move”, uma corrente eléctrica sem libertasse pela sala de Alvalade e até final foi um constante corropio, entre mosh e stage diving. A banda de Long Island trazia na bagagem o novíssimo “Only Death Is Real”, o sétimo disco de originais da banda de metalcore liderada por Andrew Dijorio, que tocaram quase na íntegra. Destaque para “Plead The Fifth”, com uma introdução de Andrew contra a administração americana, e regressos ao passado com “First World Problem Child” ou “D.I.E.P.I.G.” (um ataque da banda aos predadores sexuais) do album “Subliminal Criminals” de 2014, e uma visita a “Anonymous”, de 2013, com o clássico “Badge & A Bullet”.
Texto por Vasco Rodrigues
Agradecimentos: Hellxis