Os suecos Graveyard estrearam-se pela nossa capital no passado sábado, dia 25 de novembro no Lisboa ao Vivo, pela mão da Prime Artists. Mesmo tendo parado por Barcelos no passado mês de julho, sabemos que o verão é sempre uma época complicada no que toca a decisões sobre concertos e festivais, e esta visita foi então uma tentativa de apaziguar alguns fãs mais ecléticos e indecisos.
Chegava a altura de vermos os Graveyard
subirem a palco. Mesmo sendo esta a quarta incursão da banda por terras lusitanas,
era a primeira vez que atuavam em Lisboa e o público esteve à altura, contribuindo
para o que foi uma calorosa receção. Da pouca interação que tiveram com o
público, sobrou o espaço para que a setlist
fosse acompanhada pelas vozes dos presentes praticamente do início ao fim. Entre
mais ou menos comparações que podiam ser feitas com outras paragens dos suecos
por estas bandas, a verdade é que este concerto conseguiu guiar-nos numa viagem
quase perfeita pela discografia da banda, não deixando de parte os oldies, os hits ou até mesmo as baladas. Foi mais de uma hora de blues rock
revivalista, com aquele toque nostálgico dos anos 70, como só algumas bandas
sabem fazer. O público dedicado e incansável foi também peça fundamental para aquecer
esta noite de outono.
Com alguns temas a menos do que
seria de esperar avaliando as suas performances mais recentes, “Slow Motion
Countdown” apresentou-se como tema de abertura, seguido de uma setlist que incluiu “Hisingen Blues”, “Too
Much Is Not Enough” e um encore escolhido
a dedo, onde se ouviu “Uncomfortably Numb”, “Evil Ways” e “The Siren.” Uma
cumplicidade notável entre os membros da banda em conjunto com uma energia
inesgotável, tornam difícil ficar indiferente à paixão destes músicos por
aquilo que fazem.
Texto Por Andreia Teixeira
Fotografias por Ana Carvalho
Agradecimentos: Prime Artists