A quinta edição do Mosher Fest teve lugar no passado sábado, 20 de Maio, no Cascata Club (Coimbra), com um cartaz que apresentou vários sub-géneros dentro do universo do metal.
A noite começou à hora marcada com a actuação dos Trepid Elucidation. Este jovem grupo lisboeta de tecnical death metal, lançou recentemente o seu álbum de estreia Upcoming Reality, pela Mosher Records. Ainda com a casa muito vazia, a banda entrou com o pé direito e mostrou o porquê de serem uma das maiores promessas do underground nacional. Na plateia, houve algum headbang - embora tímido -, despertado pelo poderio musical do quarteto. Um bom início de noite!
Com a casa já mais composta, os lisboetas Bleeding Display brindaram-nos com a sua sonoridade mais virada para o brutal death. Com Sérgio, o vocalista banhado em “sangue” e acompanhado do seu machado de estimação, a banda entrou a abrir e proporcionou os primeiros momentos de mosh da noite, tendo sido evidente uma maior adesão do público. Dedicaram, ainda, um medely de duas músicas de Kreator e Slayer ao organizador do evento e contaram com a participação especial de Marco Fresco (Tales For The Unspoken), que apareceu em palco ensaguentado a rigor, na música Remains to be Seen.
Enérgicos como sempre, os Grankapo – também de Lisboa - apresentaram o seu hardcore agressivo e in your face. Em completa sinergia com o público sedento de violência e emoção, não houve um único momento de pausa, de inicio ao fim do concerto. Muito mosh, crowdsurfing e stage diving, tudo isto incitado - e aceite, com máxima aprovação, pelo público - pelo vocalista do grupo.
Nome de referência do heavy metal nacional, os Attick Demons depressa se fizeram sentir em casa, embora, segundo as palavras dos mesmos, um festival dedicado ao mosh não costume ser um palco habitual para o heavy género que praticam. Mas a receção que tiveram veio provar que há espaço para tudo. Um concerto com uma incrível presença em palco e muita dedicação por parte da banda, perante uma casa composta e interessada no que se estava a passar naquele palco. Houve ainda tempo para uma dedicatória especial do tema Thank You (da edição especial japonesa do álbum Let’s Raise Hell) ao público e à organização.
Donos de um thrash poderoso, os espanhóis Angelus Apatrida figuravam-se como a banda mais agurdada da noite, não tendo defraudado expectativas. Cerca de 90 minutos de riffs rápidos e a rasgar, que agitaram os ânimos e a vontade de mosh, ligeiramente adormecida pela actuação anterior. Com um setlist variado e a abranger a vasta discografia da banda, instalou-se uma autêntica batalha campal na plateia, do inicio ao fim da actuação, tal como manda a lei! O final perfeito para uma noite de boa música, muito convívio e animação. Em Novembro há mais!
Texto e fotografias por Rita Limede
Agradecimentos: Mosher