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Messa - "Belfry" Review






Um estilo como drone tem muitas limitações. Pelo menos para não ser visto como um género menor onde qualquer pessoa pode fazer quinhentos álbuns por ano e onde não se consegue distinguir um dos outros, o que é especialmente aborrecido quando tempos quinhentas bandas a fazer quinhentos álbuns por ano. Qual é a solução deste aparente beco sem saída? Associar o drone a outro género, que no caso dos Messa é o doom, garantidamente o género que mais sentido faz.

Quando “Belfry” começa, parece que estamos perante o tal beco sem saída. O primeiro tema, “Alba”, é um drone suave mas persistente que se prolonga por mais de quatro minutos e que antecede a grande surpresa que é “Babalon”, um doomão dos antigos que até dá gosto, isto tudo liderado por uma voz que hipnotiza e de que maneira. Sara é a grande mais valia da banda italiana que consegue conciliar drone e doom de forma perfeita. E podemos dizer de forma entusiasta que este é o drone mais viciante que alguma vez ouvimos.

A sério. Não é exagero. Temos aqui temas que tem um elemento hipnótico completamente desarmante, temas como “Hour Of The Wolf”, “Blood”, “Outermost” são um vício absoluto. Nunca antes encontramos algo tão alternativo que tivesse tantas raízes e pontos em comum com o rock / hard rock / heavy /doom tradicional e nunca tal teve um impacto tão grande. Sem dúvida uma das grandes surpresas desta primeira metade do ano e mais um candidato a álbum do ano.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira