Os brasileiros sempre tiveram uma forma muito própria de misturar o death com o black metal. Os Grave Desecrator já não são propriamente novatos e conseguem transmitir essa forma na perfeição, onde temos o old school em todo o seu esplendor, quer na forma como as músicas são estruturadas quer na própria produção. Parece que se é transportado numa máquina do tempo umas décadas atrás onde as coisas eram mais simples e verdadeiras – tocar a banda sonora oficial dos velhos do Restelo. É tudo muito bonito mas a verdade é que esta fórmula nem sempre garante resultados.
E o que é que temos aqui? Um pouco dos dois, na realidade. Há realmente uma paixão pelos primórdios do death metal mas não podemos dizer que existam gimmicks pré-fabricados que falem mais alto que concentrar a atenção na composição de músicas, embora isso também não seja o código postal para se ter automaticamente um álbum cheio de clássicos de death metal old school. O início deste trabalho dá-se com uma intro (“Dust to Lust”) que não acrescenta nada ao resto mas que serve para estabelecer o mood para o álbum, mas os primeiros temas propriamente ditos, (“Temple Of Abominations” e “Funeral Mist”) acabam por soar algo a meio gás para as expectativas geradas pelo que conhecemos da banda.
No entanto, e felizmente, temos muitos mais momentos intensos como a “Gods Of Death”, o mid tempo ameaçador da “A Witching Whore” ou o factor frenético da “Host Desecration” que fazem com que este trabalho acabe por nos chamar mais a atenção do que seria de supor ao início. Não terminamos com a impressão de que se trata do melhor trabalho de death metal do ano mas definitivamente este é um trabalho que agradará a todos os que gostam das sonoridades mais tradicionais. “Anathema Bloodlust” é um excelente exemplo de death metal old school do mais clássico que pode haver.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
E o que é que temos aqui? Um pouco dos dois, na realidade. Há realmente uma paixão pelos primórdios do death metal mas não podemos dizer que existam gimmicks pré-fabricados que falem mais alto que concentrar a atenção na composição de músicas, embora isso também não seja o código postal para se ter automaticamente um álbum cheio de clássicos de death metal old school. O início deste trabalho dá-se com uma intro (“Dust to Lust”) que não acrescenta nada ao resto mas que serve para estabelecer o mood para o álbum, mas os primeiros temas propriamente ditos, (“Temple Of Abominations” e “Funeral Mist”) acabam por soar algo a meio gás para as expectativas geradas pelo que conhecemos da banda.
No entanto, e felizmente, temos muitos mais momentos intensos como a “Gods Of Death”, o mid tempo ameaçador da “A Witching Whore” ou o factor frenético da “Host Desecration” que fazem com que este trabalho acabe por nos chamar mais a atenção do que seria de supor ao início. Não terminamos com a impressão de que se trata do melhor trabalho de death metal do ano mas definitivamente este é um trabalho que agradará a todos os que gostam das sonoridades mais tradicionais. “Anathema Bloodlust” é um excelente exemplo de death metal old school do mais clássico que pode haver.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira