Os Eerie são uma nova banda (ou projecto), que junta diversas personalidades do ungerdround mas que, curiosamente, não é chamada de super-banda por parte do comunicado de imprenda da editora, mas que até que não seria mentira nenhuma. Senão vejamos: temos o guitarrista Tim Lehi dos Draugar e Twilight (black metal), o baixista Dave Sweetapple dos Witch (stoner/doom tradicional, o baterista Moses Saarni dos Futur Skullz (thrash) e o vocalista Shane Baker dos Pins Of Light e Alaric. Esta mistura faz com que a apresentação sugira que a banda, em termos de estilo, é a soma das bandas dos seus membros, o que efectivamente não se verifica, principalmente o black metal.
Podemos, com muita boa vontade, admitir que há por aqui uma grande aura de oculto, tal como aquele que podemos encontrar em algumas músicas dos Black Sabbath, mas daí àquilo que entendemos como black metal, ainda vai uma longa distância. Assim como o thrash metal, embora tenhamos alguns momentos de intensidade como na "Master Of Creation". Esta espécie de quase publicidade enganosa é o suficiente para baixar o nível da qualidade? Nem por sombras. A misturada toda pode não ir bem ao encontro das expectativas que a editora deixa no ar mas sem dúvida que satisfaz todos aqueles que gostam de sonoridades mais tradicionais, apesar dos tais elementos de música extrema.
E isso, não é nada fácil de atingir, mas a banda consegue-o com louvor. Um álbum curto (talvez demasiado, cinco músicas, não chegando aos quarenta minutos) mas que convida a ouvir sempre mais uma vez, porque tem mesmo muitos detalhes e muita coisa vintage boa a acontecer, além de congregar vários estilos diferentes de forma inteligente a não soar uma manta de retalhos - algo que está bem ilustrado numa imagem do artwork da banda em que aparece uma espécie de representação do cérebro, o cão mitológico grego, tendo em comum um olho, o que podemos presumir que é o foco nestes Eerie. Uma estreia em grande de algo que de certeza ouviremos muitas vezes mais no futuro. Viciante.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Podemos, com muita boa vontade, admitir que há por aqui uma grande aura de oculto, tal como aquele que podemos encontrar em algumas músicas dos Black Sabbath, mas daí àquilo que entendemos como black metal, ainda vai uma longa distância. Assim como o thrash metal, embora tenhamos alguns momentos de intensidade como na "Master Of Creation". Esta espécie de quase publicidade enganosa é o suficiente para baixar o nível da qualidade? Nem por sombras. A misturada toda pode não ir bem ao encontro das expectativas que a editora deixa no ar mas sem dúvida que satisfaz todos aqueles que gostam de sonoridades mais tradicionais, apesar dos tais elementos de música extrema.
E isso, não é nada fácil de atingir, mas a banda consegue-o com louvor. Um álbum curto (talvez demasiado, cinco músicas, não chegando aos quarenta minutos) mas que convida a ouvir sempre mais uma vez, porque tem mesmo muitos detalhes e muita coisa vintage boa a acontecer, além de congregar vários estilos diferentes de forma inteligente a não soar uma manta de retalhos - algo que está bem ilustrado numa imagem do artwork da banda em que aparece uma espécie de representação do cérebro, o cão mitológico grego, tendo em comum um olho, o que podemos presumir que é o foco nestes Eerie. Uma estreia em grande de algo que de certeza ouviremos muitas vezes mais no futuro. Viciante.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira