Os Wolves In The Throne Room tornaram-se desde cedo uma das coqueluches do black metal, desde do lançamento do seu álbum de estreia precisamente uma década atrás. A melodia épica aliada à rispidez do género fizeram com que na altura chamasse a atenção. Claro que hoje em dia esta é uma entidade polémica, devido, principalmente, ao último álbum de originais, “Celestite” que data já de 2014, e que marcou o início de uma nova fase, que renega, quase por completo, o black metal. Dez anos depois e quando muitos já se esqueceram do potencial negro deste projecto, impõe-se uma revisita a este “Diadem Of 12 Stars”.
Se formos a analisar a coisa de forma fria, não podemos dizer que tenhamos aqui algo de extraordinariamente original. As bases são aquelas comuns de black metal épico, com a parte melódica em equilíbrio suficiente para que não retire em nada de peso ao resto da música, algo que não fica alheio a produção totalmente apropriada. Não é, no entanto, um álbum fácil de interiorizar, em parte pelo simples facto de termos quatro temas que totalizam todos juntos, uma hora de música. Curiosamente, é precisamente esse facto um daqueles que nos faz gostar tanto desta estreia.
Poderemos acusar este “Diadem Of 12 Stars” de ser ingénuo e de pouco original, mas o que é que isso interessa quando o género em questão é o black metal (convenhamos que a originalidade no que diz respeito ao black metal pode ser classificada de duas formas: as ideias que surgiram no início da década de noventa ou as ideias que levam que tenha que se criar todo um novo sub-género, porque chamar de black metal pode ser demasiado ofensivo para os mais sensíveis) e quando as músicas trazem-nos ambientes que nos hipnotizam, tal como uma serpente hipnotiza a sua presa. Efectivamente, é o que temos aqui, tudo o resto, todos os restantes argumentos perdem a razão de ser.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Se formos a analisar a coisa de forma fria, não podemos dizer que tenhamos aqui algo de extraordinariamente original. As bases são aquelas comuns de black metal épico, com a parte melódica em equilíbrio suficiente para que não retire em nada de peso ao resto da música, algo que não fica alheio a produção totalmente apropriada. Não é, no entanto, um álbum fácil de interiorizar, em parte pelo simples facto de termos quatro temas que totalizam todos juntos, uma hora de música. Curiosamente, é precisamente esse facto um daqueles que nos faz gostar tanto desta estreia.
Poderemos acusar este “Diadem Of 12 Stars” de ser ingénuo e de pouco original, mas o que é que isso interessa quando o género em questão é o black metal (convenhamos que a originalidade no que diz respeito ao black metal pode ser classificada de duas formas: as ideias que surgiram no início da década de noventa ou as ideias que levam que tenha que se criar todo um novo sub-género, porque chamar de black metal pode ser demasiado ofensivo para os mais sensíveis) e quando as músicas trazem-nos ambientes que nos hipnotizam, tal como uma serpente hipnotiza a sua presa. Efectivamente, é o que temos aqui, tudo o resto, todos os restantes argumentos perdem a razão de ser.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira