Os The Foreshadowing até podem não ser um nome muito conhecido no que à mistura do gótico com o doom diz respeito, mas avisamos que desde já é uma injustiça. E o caro leitor poderá pensar da mesma forma após ouvir este "Seven Heads Ten Horns", o quarto trabalho da banda italiana, que surge após quatro anos de silêncio. A fórmula é tudo menos complicada ou original. Basta pegar em bandas como Katatonia, Lacrimas Profundere, My Dying Bride e Saturnos para se ter uma ideia mais ou menos próxima daquilo que lhes pode esperar.
Mas fórmulas não interessam de nada se a música não carregar nos botões certos e aquela que está contida fá-lo de uma forma perfeita. Começando da melhor forma com o instrumental "Ishtar", os outros oito temas que se seguem são hipnóticos para dizer o mínimo. "Fall Of Heroes" cativa pela forma como envolve o ouvinte, assim como a "Two Horizons" que nos relembram (e muito) a fase "Brave Murder Day" dos já mencionados Katatonia mas sem os guturais. Em "New Babylon" há um certo elemento progressivo que vamos notar que surge muitas mais vezes ao longo do trabalho. E isto surge de forma natural, um fluir que nos leva numa viagem.
E o próprio trabalho em si "sofre" desse "mal", felizmente para nós, que gostam da sua música viva e orgânica. Não se pode dizer que existam propriamente momentos mais fracos em "Seven Heads Ten Horns", embora possamos compreender que para quem chegou apenas agora tenha dificuldades em encaixar a voz de Marco Benavento, bastante característico. Depois de devidamente assimilada, será vista como uma vantagem e não uma desvantagem. A nossa faixa favorita é mesmo o épico "Nimrod" que é dividido em quatro partes: "The Eerie Tower", "Omelia", "Collapse" e "Inno Al Dolore". Um trabalho que cairá nas boas graças para quem já tinha saudades de um bom doom de tendências góticas.
Nota: 8.7/10
Review por Fernando Ferreira
Mas fórmulas não interessam de nada se a música não carregar nos botões certos e aquela que está contida fá-lo de uma forma perfeita. Começando da melhor forma com o instrumental "Ishtar", os outros oito temas que se seguem são hipnóticos para dizer o mínimo. "Fall Of Heroes" cativa pela forma como envolve o ouvinte, assim como a "Two Horizons" que nos relembram (e muito) a fase "Brave Murder Day" dos já mencionados Katatonia mas sem os guturais. Em "New Babylon" há um certo elemento progressivo que vamos notar que surge muitas mais vezes ao longo do trabalho. E isto surge de forma natural, um fluir que nos leva numa viagem.
E o próprio trabalho em si "sofre" desse "mal", felizmente para nós, que gostam da sua música viva e orgânica. Não se pode dizer que existam propriamente momentos mais fracos em "Seven Heads Ten Horns", embora possamos compreender que para quem chegou apenas agora tenha dificuldades em encaixar a voz de Marco Benavento, bastante característico. Depois de devidamente assimilada, será vista como uma vantagem e não uma desvantagem. A nossa faixa favorita é mesmo o épico "Nimrod" que é dividido em quatro partes: "The Eerie Tower", "Omelia", "Collapse" e "Inno Al Dolore". Um trabalho que cairá nas boas graças para quem já tinha saudades de um bom doom de tendências góticas.
Nota: 8.7/10
Review por Fernando Ferreira