John Doe é um trio espanhol (com origens de Córdoba, mais concretamente) e que têm aqui com este "Volumen 1" a sua introdução aos registos discográficos. E que introdução! "Volumen 1" é um trabalho que nos faz acreditar que o rock, não interessa quanto tempo passe, é mesmo imortal, principalmente quando é tão bem tratado como aqui, neste álbum de estreia. São sete temas que nos mostram tanto o lado mais forte do rock ("Dos Extraños"), como também o groove ("Llave Del Paraíso") e até um certo sabor a progressivo ("Recuerdos", o primeiro tema do álbum) e até um certo lado mais sensível sem entrar necessariamente pelos caminhos mais lamechas ("Olvido").
E, como já devem ter reparado pelo nome das músicas, aqui a língua é o castelhano e para os mais resistentes e com dificuldade em largar o vício anglo-saxónico que foi implementado desde sempre tal qual uma lavagem cerebral condicionada, o que temos a dizer é que a música é mesmo uma linguagem universal e o resto são tretas. Este é um álbum de puro rock mas invulgar, onde a abordagem e o resultado é bem mais importante do que qualquer tipo de condicionalismo comercial (grande parte das músicas têm mais de seis minutos e nem um minuto a menos deveriam ter).
Uma boa estreia de uma banda dos nuestros hermanos que nos mostram como é (ou pelo menos parece ser) fácil lançar em 2016 um bom trabalho de rock, cheio de feeling e sobretudo alma, sem concessões. Uma espécie em extinção julgávamos nós mas enquanto tivermos bandas como estas a surgir então podemos estar seguros que a espécie deixa de estar ameaçada. A pergunta que nos fica é... para quando uma banda destas a cantar em português?!
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
E, como já devem ter reparado pelo nome das músicas, aqui a língua é o castelhano e para os mais resistentes e com dificuldade em largar o vício anglo-saxónico que foi implementado desde sempre tal qual uma lavagem cerebral condicionada, o que temos a dizer é que a música é mesmo uma linguagem universal e o resto são tretas. Este é um álbum de puro rock mas invulgar, onde a abordagem e o resultado é bem mais importante do que qualquer tipo de condicionalismo comercial (grande parte das músicas têm mais de seis minutos e nem um minuto a menos deveriam ter).
Uma boa estreia de uma banda dos nuestros hermanos que nos mostram como é (ou pelo menos parece ser) fácil lançar em 2016 um bom trabalho de rock, cheio de feeling e sobretudo alma, sem concessões. Uma espécie em extinção julgávamos nós mas enquanto tivermos bandas como estas a surgir então podemos estar seguros que a espécie deixa de estar ameaçada. A pergunta que nos fica é... para quando uma banda destas a cantar em português?!
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira