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Heavenwood - "Redemption" Review


Os Heavenwood estão a atravessar um excelente momento na sua carreira, mostrando e provando de que a perseverança compensa aqueles que não param de lutar por aquilo que acreditam. A banda lançou dois excelentes álbuns, incontornáveis no panorama nacional e internacional dentro do género do metal gótico mais pesado e acabou por colapsar devido a uma série de problemas internos e externos à banda. No entanto, e para alegria de muitos fãs inconformados com o fim inglório da banda, temos aqui este “Redemption” que marcou o regresso da banda à vida, sendo um álbum extremamente importante já que marca um novo começo, que em alguns aspectos, para a banda, foi quase como começar do zero após alguns anos de ausência.

Criativamente, “Redemption” é alheio a tudo isto e mostra-se bastante sólido, com fome de mostrar novamente aquilo que a banda já tinha provado (logo no excelente e clássico imortal “Diva”). Segue a tradição de “Swallow” no que diz aos convidados de luxo, tendo aqui a guitarra de Gus G. (Firewind e Ozzy Osbourne) na “One Step To Devotion”, a guitarra de Jeff Waters (Annihilator) na Bridge To Neverland, a voz de Tijs Vanneste (Oceans Of Sadness) na “Obsolete” e a voz de Liv Kristine (ex-Theatre Of Tragedy e ex-Leave’s Eyes) na “Scent In The Spiral” mas segue por um caminho mais moderno ou actual do que o anterior álbum de originais mostrando-se mais pesado.

Também tem que ser salientada a participação de Daniel Cardoso na bateria e na cadeira de produtor que em muito contribuiu para que o som fosse tão potente, sendo que a mistura e masterização ficou a cargo do mítico Jens Bogren. É um álbum ambicioso que tem a apoiá-lo matéria prima forte o suficiente para suster essas mesmas ambições. Passados quase dez anos desde o seu lançamento, nenhuma destas músicas mostra sinal de cansaço ou envelhecimento. Depois de voltarem à casa de partida, a Massacre Records, “Redemption” tem finalmente o tratamento que merece e estará disponível para muitos mais fãs por todos os cantos do mundo. A justiça tardou mas felizmente não falhou.


Nota: 8.6/10

Review por Fernando Ferreira