Os mestres estão de volta depois do aquecimento que foi o EP de apresentação lançado o ano passado. O dito EP deixou-nos com as expectativas bastante elevadas para esta estreia e a mesma não desilude. Para os fãs de Mercyful Fate não têm aqui um seguimento natural, esta é uma entidade nova mas com muito em comum com o a banda clássica de heavy metal dinamarquesa. Não falamos do óbvio (os dois guitarristas que emprestam o nome à banda) nem de Snowy Shaw (que surge como baterista, posição que também já tinha ocupado nos Mercyful Fate), mas sim do facto de estarmos perante heavy metal potente e tradicional.
Duas coisas que parece que não combinam, correcto?
Não poderia estar mais errado. A produção deste trabalho é bem moderna e poderosa mas o espírito é bem tradicional, com temas como "Son Of Satan" e "The Wolf That Feeds At Night" parecerem clássicos de Mercyful Fate, assim como "Pentagram And The Cross". E por muito injusto que possa parecer, terão que se fazer sempre essas comparações com a mítica banda já que acaba por ser o seu legado e os seus fãs que sustentam este regresso - provavelmente seria um trabalho que não teria a mesma atenção, caso não houvesse ligação. Daí o ser injusto já que a banda tem o seu próprio poder e identidade.
Grande parte desse factor deve-se à voz de Sean Peck (dos Cage), que acaba por trazer um feeling norte-americano às suas composições. É um trabalho muito poderoso e principalmente viciante que custa a largar. Para quem só chegou aqui agora, provavelmente estará imune, mas para quem vibrava com a banda que teve como frontman King Diamond, então isto é o mais próximo que se consegue chegar, ainda que, reforçamos, mantenha a sua própria identidade. Um caso curioso de sucesso de uma banda old school sem ser propriamente retro.
Nota: 8.8/10
Review por Fernando Ferreira
Duas coisas que parece que não combinam, correcto?
Não poderia estar mais errado. A produção deste trabalho é bem moderna e poderosa mas o espírito é bem tradicional, com temas como "Son Of Satan" e "The Wolf That Feeds At Night" parecerem clássicos de Mercyful Fate, assim como "Pentagram And The Cross". E por muito injusto que possa parecer, terão que se fazer sempre essas comparações com a mítica banda já que acaba por ser o seu legado e os seus fãs que sustentam este regresso - provavelmente seria um trabalho que não teria a mesma atenção, caso não houvesse ligação. Daí o ser injusto já que a banda tem o seu próprio poder e identidade.
Grande parte desse factor deve-se à voz de Sean Peck (dos Cage), que acaba por trazer um feeling norte-americano às suas composições. É um trabalho muito poderoso e principalmente viciante que custa a largar. Para quem só chegou aqui agora, provavelmente estará imune, mas para quem vibrava com a banda que teve como frontman King Diamond, então isto é o mais próximo que se consegue chegar, ainda que, reforçamos, mantenha a sua própria identidade. Um caso curioso de sucesso de uma banda old school sem ser propriamente retro.
Nota: 8.8/10
Review por Fernando Ferreira