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Wolfheart Featuring The Malavita Antisocial Club - "Morphean Empires" Review


Já vimos nomes de banda complicados e/ou caricatos mas este parece querer chegar ao top. A principal força motriz desta nova banda ou entidade é The Wolf, o vocalista e teclista da banda austríaca Darkside e vocalista dos Citizen X. O amigo The Wolf resolveu então lançar-se num trabalho a solo e criar esta designação como homenagem e tributo aos nossos Moonspell, com quem já andaram em digressão (na época do "Sin/Pecado"), e um jogo de palavras com o termo "Buena Vista Social Club". Rebuscado o suficiente para que não pensemos mais nisso e passemos imediatamente à música.

A música que nos é entregue é um death metal melódico, com algum recurso a teclados, mas não em demasia, não deixando que o peso das guitarras fique soterrado por debaixo das teclas, não dispensando no entanto o uso de arranjos electrónicos.. A melodia, no entanto, é omnipresente, e se tivermos que pensar numa banda, aquela que nos ocorre mais seria uma mistura entre os Dark Tranquility na sua fase mais electrónica com os Septic Flesh menos armados aos titãs. Mesmo não apresentando nada de novo, as músicas agarram-nos logo à primeira. Experimentem a "The God Delusion" e "Rites Of The Apocalypse".

Este trabalho, apesar de ser um projecto a solo, não tem como único contribuinte The Wolf. A ajudá-lo vem Alessandro Vagnoni, na bateria e produção; Jaroslav Lukac na guitarra solo de alguns temas e como compositor; e Peter Böhm no baixo. O resultado poderá não parecer impressionante à primeira mas é um álbum que se ouve e volta a ouvir com gosto, contendo todos os elementos necessários para agradar a quem gosta da dicotomia agressividade/melodia. Resta saber se será apenas um projecto ou se este trabalho representa o início de uma nova entidade que aparenta ter pernas para andar. Nota positiva para a interessante versão dos The Doors, "Five To One".

Resta apenas dizer que a promo que recebemos contém vinte e uma faixas (21!), o que devem representar dois CDs sendo que as últimas oito (deverão constar do segundo CD) dão a sensação de estarem todas ligadas na designação ou título "Parthenopean Shores". São quase cem minutos de música, ambiciosos e que eleva este trabalho a um patamar diferente do que aquele que onde estaria se avaliássemos apenas pela primeira fase. Aliás, se a banda for mesmo para continuar, podem pegar nestes segundo CD como inspiração para os próximos passos. Melódico, pesado, atmosférico e cinematográfico.


Nota: 8.1/10

Review por Fernando Ferreira