Quinto e último álbum da entidade conhecida Weekend Nachos que é o sinónimo de som bruto, sujo e normalmente chamado de sludge vitaminado ou hardcorizado – embora pessoalmente considere que o sludge tem sempre muito de hardcore. Adiante. Depois de uma década (mais ou menos) a servir-nos tareias sonoras e a deixar-nos desconfortáveis, os Weekend Nachos declararam que este “Apology” seria o último capítulo da sua carreira e que terminadas as obrigações referentes a actuações ao vivo, a banda passaria a ser oficialmente extinta.
Não seria um álbum com esta qualidade para que se tivesse saudades dos Weekend Nachos já que a sua carreira sempre nos habituou a padrões de qualidade elevados. “Apology” começa “2015”, um tema de quase seis minutos que tem tanto de doom como de sludge, e que tem uma referência directa com o tema título, épico, que encerra o trabalho, e estabelece o mood para a tempestade que aí vem, com uma série de rajadas directas, onde raramente ultrapassam os três minutos e fluem como se fossem todas o mesmo tema – e um tema interessante, porque coisas aborrecidas também não fluem.
Com uma produção forte e suja, esta despedida cheira a álbum de culto. Não gostamos de arriscar em futurologia mas este trabalho tem tudo para que daqui a uns anos (se calhar até meses) seja encarado com uma obra prima do género e que cresça a um ponto tal a que leve a banda a ter mais reconhecimento e sucesso do que aquele que teve durante a sua existência. Ou talvez não, mas isso também não é relevante, pelo menos não comparado com “Apology”. Uma despedida digna de uma banda que deixará saudades.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Não seria um álbum com esta qualidade para que se tivesse saudades dos Weekend Nachos já que a sua carreira sempre nos habituou a padrões de qualidade elevados. “Apology” começa “2015”, um tema de quase seis minutos que tem tanto de doom como de sludge, e que tem uma referência directa com o tema título, épico, que encerra o trabalho, e estabelece o mood para a tempestade que aí vem, com uma série de rajadas directas, onde raramente ultrapassam os três minutos e fluem como se fossem todas o mesmo tema – e um tema interessante, porque coisas aborrecidas também não fluem.
Com uma produção forte e suja, esta despedida cheira a álbum de culto. Não gostamos de arriscar em futurologia mas este trabalho tem tudo para que daqui a uns anos (se calhar até meses) seja encarado com uma obra prima do género e que cresça a um ponto tal a que leve a banda a ter mais reconhecimento e sucesso do que aquele que teve durante a sua existência. Ou talvez não, mas isso também não é relevante, pelo menos não comparado com “Apology”. Uma despedida digna de uma banda que deixará saudades.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
