Terceiro e último álbum das reedições pela Pelagic Records dos álbuns do colectivo israelita experimental conhecido como Tiny Fingers, que corresponde ao quinto trabalho da discografia da banda. Sendo o mais recente, é a representação mais fiel de onde a banda se encontra, criativamente, no actual momento, embora essa presunção valha o que vale, já que tudo se pode esperar da banda. Ao contrário daquilo que ouvimos no anterior “We Are Being Held By The Dispatcher”, a banda surge novamente focada e com um conceito, mesmo que não se consiga identificar muito bem qual é.
E não interessa.
Existem discos que ficam livres de certas coisas, certos pressupostos e este é um deles. Podemos continuar a encaixá-los no mesmo sítio de antes, do pós-rock, das influências (ou semelhanças) dos Goblin ou Zumbi, mas há por aqui mais, muito mais do que simplesmente a soma das suas influências ou a soma daquilo que já fizeram no passado. Há um sentimento de atmosfera quase palpável, que faz com que este seja um álbum ideal para ouvir em contacto com a natureza – mas se tal não for feito, músicas como “Drops” e “Dispatcher” tratam de criar esse mesmo ambiente à volta do ouvinte.
Dos três trabalhos em questão, este é o que provoca maior vício e o que revela sem dificuldades as capacidades que a banda tem para nos fazer flutuar e navegar na maionese. Combina um pouco a espontaneidade do anterior trabalho com o foco de “Megafauna” para nos trazer um excelente trabalho que tem mais de pós-rock que de rock psicadélico, mas lá está, não interessa a forma, interessa sim o conteúdo. Boa iniciativa de Pelagic de chamar a atenção para esta banda mais uma vez, com estas reedições em vinil.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
E não interessa.
Existem discos que ficam livres de certas coisas, certos pressupostos e este é um deles. Podemos continuar a encaixá-los no mesmo sítio de antes, do pós-rock, das influências (ou semelhanças) dos Goblin ou Zumbi, mas há por aqui mais, muito mais do que simplesmente a soma das suas influências ou a soma daquilo que já fizeram no passado. Há um sentimento de atmosfera quase palpável, que faz com que este seja um álbum ideal para ouvir em contacto com a natureza – mas se tal não for feito, músicas como “Drops” e “Dispatcher” tratam de criar esse mesmo ambiente à volta do ouvinte.
Dos três trabalhos em questão, este é o que provoca maior vício e o que revela sem dificuldades as capacidades que a banda tem para nos fazer flutuar e navegar na maionese. Combina um pouco a espontaneidade do anterior trabalho com o foco de “Megafauna” para nos trazer um excelente trabalho que tem mais de pós-rock que de rock psicadélico, mas lá está, não interessa a forma, interessa sim o conteúdo. Boa iniciativa de Pelagic de chamar a atenção para esta banda mais uma vez, com estas reedições em vinil.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira