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The Order Of Israfel - "Red Robes" Review


"Red Robes" é o segundo álbum da banda sueca, mas para muitos poderá constituir uma boa surpresa como se fosse a estreia. Isto porquê? Porque esta banda ainda não conhecida o suficiente, pelo menos o suficiente que merecem ser conhecidos. Para esses que os desconhecem, os The Order Of Israfel tocam doom metal na vertente mais tradicional podendo-se dizer que pertencem à linhagem Candlemass, prestando a óbvia e previsível vassalagem aos inevitáveis Black Sabbath. A voz de Tom Sutton, quente e algo bluesy,  também é grande responsável por essa ligação.

Então o que temos aqui é heavy doom metal com o piscar de olho ao passado (mais específicamente à década de setenta e a todo aquele feeling hard rock que anda por lá confinado e que tem vindo a ser resgatado ocasionalmente pelas bandas da actualidade) mas acima de tudo a capacidade para escrever grandes músicas - e não estamos a falar apenas em questão de duração tempo, mas sobretudo da sua qualidade. Já falámos demasiadas vezes como é difícil escrever uma música doom que consiga cativar o suficiente para não aborrecer o ouvinte ou um álbum que mantenha o interesse do início ao fim e é precisamente o que temos aqui.

"Staff In The Sand" é um épico heavy-doom, enquanto o tema título arrasta-se (no bom sentido) lembrando nomes tão díspares como Queen, Cathedral e Count Raven com uma secção intermediária vocal que se revela arrepiante. "In Thrall To The Sorceress" é heavy rock típico da década de setenta, aquilo que hoje em dia achamos que é parecido com o stoner e a "Swords To The Sky" é um hino ao heavy metal épico, assim como a "Von Sturmer" é um hino ao doom. "Fallen Children é uma singela peça acústica que resulta muito bem, a "A Shadow In The Hills" é heavy metal tradicional autêntico, directa ao assunto e a "Thirst" um épico de quinze minutos, que se revela um dos momentos mais inspirados do álbum, indicado para os amantes do puro doom. É um grande álbum de doom metal que tornará, sem dúvida, o nome dos The Order Of Israfel mais conhecido e como uma das referências de todo o género.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira