Projecto Alcazar é o veículo para o guitarrista norte-americano Chris Steberl debitar escalas para cima e para baixo. O guitarrista teve como principal inspirador Eddie Van Halen, mas a partir daí pegou em tudo o que era guitar heros e começou a aprender a tocar as suas músicas. Seguiram-se os Metallica, Iron Maiden, Anthrax, Slayer e os guitar heros como Yngwie Malmsteen, Tony Calpine, Jason Becker e Richie Kotzem, apenas para dizer alguns. Formou os Alcazar, um projecto de música instrumental, e que conseguiu obter algum sucesso na internet. Seguiu-se o contrato com Lion Music, um álbum que teve sucesso, alguma instabilidade, alguns avanços e recuos com outras bandas e aqui temos, quinze anos depois, o segundo trabalho, disponível apenas em formato digital.
O talento do amigo Chris é mais que óbvio - aliás, quem se lança neste tipo de aventuras normalmente tem dedos para tal - no entanto, o que interessa saber é se as músicas fazem a diferença em relação a tudo o que foi feito, e já são mais de trinta anos de guitarristas a lançar álbuns instrumentais. Caso não façam a diferença, não interessa o quão rápido ou acrobático se consegue ser, se as músicas que se toca não são memoráveis. E nesse aspecto podemos dizer que estamos um pouco divididos. O começo do álbum, depois de uma curta intro na figura da "Rio da Duvida", com o tema título e com a "Crackerjack Style" evidencia o talento do músico mas não nos traz música que nos deslumbre.
Técnica 1, música 0.
No entanto, felizmente temos outras músicas como a emocional "Stranger Ave." que apela mais ao sentimento, a carregada de groove "Cher Chez Moi" ou a assumidamente rock, bem tradicional ao estilo Joe Satriani, "At Any Rate" que nos chama a atenção. É entre estes dois pólos que "Chasin Voodoo" se move, mas ao final de algumas audições torna-se mais fácil de apreciar aquelas que inicialmente não nos tinham chamado a atenção. Não é um trabalho imediato, mas o talento de Chris (e da banda que o acompanha, tem que ser dito) vai-nos agarrando de música em música. E no final, uma boa surpresa, uma versão instrumental para "White Room", clássico dos Cream.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
O talento do amigo Chris é mais que óbvio - aliás, quem se lança neste tipo de aventuras normalmente tem dedos para tal - no entanto, o que interessa saber é se as músicas fazem a diferença em relação a tudo o que foi feito, e já são mais de trinta anos de guitarristas a lançar álbuns instrumentais. Caso não façam a diferença, não interessa o quão rápido ou acrobático se consegue ser, se as músicas que se toca não são memoráveis. E nesse aspecto podemos dizer que estamos um pouco divididos. O começo do álbum, depois de uma curta intro na figura da "Rio da Duvida", com o tema título e com a "Crackerjack Style" evidencia o talento do músico mas não nos traz música que nos deslumbre.
Técnica 1, música 0.
No entanto, felizmente temos outras músicas como a emocional "Stranger Ave." que apela mais ao sentimento, a carregada de groove "Cher Chez Moi" ou a assumidamente rock, bem tradicional ao estilo Joe Satriani, "At Any Rate" que nos chama a atenção. É entre estes dois pólos que "Chasin Voodoo" se move, mas ao final de algumas audições torna-se mais fácil de apreciar aquelas que inicialmente não nos tinham chamado a atenção. Não é um trabalho imediato, mas o talento de Chris (e da banda que o acompanha, tem que ser dito) vai-nos agarrando de música em música. E no final, uma boa surpresa, uma versão instrumental para "White Room", clássico dos Cream.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira