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Mortillery - "Shapeshifter" Review


Os Mortillery não nos são desconhecidos. Pelo contrário, a sua participação na digressão dos Sepultura de apoio ao seu último álbum que tivemos a sorte de apreciar em 2014, em conjunto com os Legion Of Damned e Flotsam & Jetsam, deixou-nos excelentes indicações. Na altura a banda estava a promover o seu segundo trabalho, "Origin Of Extinction", um excelente álbum de thrash metal, pelo que as expectativas para este terceiro trabalho eram mais que muitas. Três anos depois, aqui está ele: "Shapeshifter". A primeira coisa a fazer ou dizer é THRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAASH! Tirando isto do caminho, vamos lá ao que interessa.

A banda canadiana não desilude e entrega-nos thrash metal frenético, old-school mas não propriamente retro, cheio de sangue na guelra com energia para dar e vender, mas sempre com o pézinho no heavy metal tradicional. Com um instrumental do mais clássico que há e adicionado à voz Cara McCutchen, temos a fórmula perfeita para vício garantido. Para quem não os conhece, imaginem os momentos mais frenéticos dos Metallica, Anthrax e Testament e misturem-nos com Iron Maiden em início de carreira, caso estes estivessem a querer tocar mais rápido que a luz. Ah, e com uma vocalista que tem um timbre parecido com o da Jill Janus dos Huntress mas ainda mais alucinado.

Comparação parva, já sabemos, mas o que adiantam as palavras perante malhões como a faixa de abertura "Radiation Sickness", a impiedosa "Bullet" ou ainda a alucinante "Wendigo"? Muito pouco ou mesmo nada. Para quem gosta de thrash, apenas podemos dizer que este é um trabalho obrigatório. Não é perfeito, temos algumas reservas se será relembrado como um clássico, mas é inegável que ao ouvir consegue cativar e envolver. Quando assim é, o que interessa o resto? Nada, nada mesmo. Thrash metal simples, puro, duro e muito divertido. Parafraseando os Exodus, good, violent fun.


Nota: 8.8/10

Review por Fernando Ferreira