Os japoneses são fantásticos, tem a capacidade de nos mostrar as coisas mais estapafúrdias e as mais geniais, e por vezes de juntar as duas no mesmo. Neste caso, temos um pouco do mesmo. Se atentarmos na "Green Sugar" que abre este trabalho, somos capazes de presenciar isso mesmo, onde temos quase oito minutos de rock retro e psicadélico que tanto pode irritar profundamente como hipnotizar. Felizmente, a nós aconteceu-nos a primeira. Mas não é uma conclusão fácil ou suave de se atingir.
É suave, é poppy (se estivéssemos na década de sessenta novamente e se os álbuns a solo de Syd Barrett tivessem tido um esmagador sucesso) e é altamente eficaz. Há sempre um forte ambiente atmosférico ou até esotérico que se instala - truques de produção como os milagres de um simples eco, no entanto não nos deixamos de impressionar com o resultado que tem - e isso juntando a certos tiques orientais, que para alguns ocidentais acabam por ter sempre um impacto positivo, faz com que este álbum seja difícil de ignorar.
É a velha história. Não entra à primeira, sabemos que não é coisa que vamos ouvir todos os dias mas mesmo assim, não conseguimos deixar de apreciar. Um tema praticamente instrumental (onde a voz surge quase como mais um instrumento, principalmente quando não se percebe um boi daquilo que estão a cantar) como "Old Snow, White Sun" é o exemplo perfeito do impacto hipnótico de que esta música pode ter. Mesmo sendo um álbum que seja difícil de entrar, que tenha pouco ou nada de metal e que não oiçamos todos dias... quando ouvimos, a viagem é garantida. Excelente surpresa.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
É suave, é poppy (se estivéssemos na década de sessenta novamente e se os álbuns a solo de Syd Barrett tivessem tido um esmagador sucesso) e é altamente eficaz. Há sempre um forte ambiente atmosférico ou até esotérico que se instala - truques de produção como os milagres de um simples eco, no entanto não nos deixamos de impressionar com o resultado que tem - e isso juntando a certos tiques orientais, que para alguns ocidentais acabam por ter sempre um impacto positivo, faz com que este álbum seja difícil de ignorar.
É a velha história. Não entra à primeira, sabemos que não é coisa que vamos ouvir todos os dias mas mesmo assim, não conseguimos deixar de apreciar. Um tema praticamente instrumental (onde a voz surge quase como mais um instrumento, principalmente quando não se percebe um boi daquilo que estão a cantar) como "Old Snow, White Sun" é o exemplo perfeito do impacto hipnótico de que esta música pode ter. Mesmo sendo um álbum que seja difícil de entrar, que tenha pouco ou nada de metal e que não oiçamos todos dias... quando ouvimos, a viagem é garantida. Excelente surpresa.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira