W... T... F...?! Dub, rock psicadélico (ou então só psicadélico, sem o rock) cantado em alemão. Sabem o que está aqui? Ora aqui está a receita para o desastre. Se "Bang Bang" é esquisita até mais não, o que dizer da "Sehn=Sucht" que aposta numa mesma melodia e ritmo de baixo (intervalam uns com os outros) ao longo de sete longos e dolorosos minutos? É difícil mas não tão difícil como ouvir este trabalho do início ao fim, sem pelo menos não ficar a interrogar-se como a vida é bela, como o sol brilha lá fora e nós, sofredores e mártires, estamos aqui dentro de casa a ouvir isto.
Peço desculpa, sei que estou a ser cruel e insensível provavelmente. Há por aqui um óbvio esforço e trabalho envolvido. Há dedicação e à, provavelmente, carinho pela obra em si. E é por isso que se aconselha, nestes casos, ser melhor guardar e acarinhar temas como "Der Jüngste Tag" em privado, porque há certas coisas que os estranhos não devem ver/ouvir/saber/conhecer. Há certas coisas que os estranhos não querem ver, ouvir, saber e conhecer. E este trabalho é evidentemente um deles. Demasiado simplista algumas vezes enquanto noutras é demasiado ambicioso, sem conseguir em ambos os casos atingir o seu objectivo - chegar ao ouvinte.
Se for encarado como experimental, trata-se nitidamente de uma experiência falhada. O som electrónico vintage e a voz à la Till Lindemann dos Rammstein faz com que pareça como uma viagem no tempo da famosa banda à década de oitenta, mas querer estabelecer mais paralelos em dois mundos tão distantes (mais distantes até do que apenas 30 anos) é querer abusar da sorte. Curiosamente, conforme o álbum avança, vamos conseguindo apreciar melhor a coisa. Ou já estamos a ficar afectados ou então isto é mesmo bom. Se calhar é melhor não arriscar e parar de ouvir.
Nota: 3/10
Review por Fernando Ferreira
Peço desculpa, sei que estou a ser cruel e insensível provavelmente. Há por aqui um óbvio esforço e trabalho envolvido. Há dedicação e à, provavelmente, carinho pela obra em si. E é por isso que se aconselha, nestes casos, ser melhor guardar e acarinhar temas como "Der Jüngste Tag" em privado, porque há certas coisas que os estranhos não devem ver/ouvir/saber/conhecer. Há certas coisas que os estranhos não querem ver, ouvir, saber e conhecer. E este trabalho é evidentemente um deles. Demasiado simplista algumas vezes enquanto noutras é demasiado ambicioso, sem conseguir em ambos os casos atingir o seu objectivo - chegar ao ouvinte.
Se for encarado como experimental, trata-se nitidamente de uma experiência falhada. O som electrónico vintage e a voz à la Till Lindemann dos Rammstein faz com que pareça como uma viagem no tempo da famosa banda à década de oitenta, mas querer estabelecer mais paralelos em dois mundos tão distantes (mais distantes até do que apenas 30 anos) é querer abusar da sorte. Curiosamente, conforme o álbum avança, vamos conseguindo apreciar melhor a coisa. Ou já estamos a ficar afectados ou então isto é mesmo bom. Se calhar é melhor não arriscar e parar de ouvir.
Nota: 3/10
Review por Fernando Ferreira