Segundo álbum dos norte-americanos Gracepoint que quebra com "Echoes" um longo silêncio de dezasseis anos. O nome do álbum faz lembrar o épico tema de Pink Floyd e acaba por fazer sentido já que a banda também apresenta afinidades com essa sonoridade embora a base seja o heavy/power tradicional e isso é algo que fica logo bastante claro com o primeiro tema "Animal" que nos remete para os momentos mais pesados e directos dos Dream Theater e tem o seu quê de Nevermore, ou seja, tudo bons indicadores para quase uma hora de boa música, que é o que realmente temos.
Para quem gosta do seu som progressivo mas com peso a acompanhar, então esta é uma boa proposta ainda que longe da perfeição. Acaba por ser um pouco inconsistente por um lado (a inclusão de temas como o instrumental "Secrets", uma música de puro shredder, faz com que fique um pouco a boiar no meio do resto, ainda por cima logo na terceira posição) e a jogar demasiado pelo seguro por outro (com a maior parte dos temas a apostar na mesma fórmula fazendo com que seja difícil destacar um deles de todo o conjunto). Ficam os valores individuais como a voz de Matt Tennessen, que tem tanto de metal (em algumas ocasiões chega a lembrar o nosso Rui Duarte) como de grunge, uma mistura vencedora e o trabalho de guitarras, bem acima da média, não ficando a secção rítmica esquecida.
Dezasseis anos é muito tempo de intervalo entre discos e talvez a apreciação deste trabalho sofra um pouco com isso, porque dá ideia de que se tivesse sido lançado dois ou três anos após a sua estreia, que este "Echoes" poderia ser mais bem recebido do que aquilo que será hoje em dia, onde este tipo de proposta já é um pouco banal. Para os menos exigentes, está aqui uma boa surpresa. Temas como a power ballad "Somber" ajudam a que se pense dessa forma. Interessante, veremos onde esta banda vai ou se fica por aqui. Há talento para mostrar mais.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
Para quem gosta do seu som progressivo mas com peso a acompanhar, então esta é uma boa proposta ainda que longe da perfeição. Acaba por ser um pouco inconsistente por um lado (a inclusão de temas como o instrumental "Secrets", uma música de puro shredder, faz com que fique um pouco a boiar no meio do resto, ainda por cima logo na terceira posição) e a jogar demasiado pelo seguro por outro (com a maior parte dos temas a apostar na mesma fórmula fazendo com que seja difícil destacar um deles de todo o conjunto). Ficam os valores individuais como a voz de Matt Tennessen, que tem tanto de metal (em algumas ocasiões chega a lembrar o nosso Rui Duarte) como de grunge, uma mistura vencedora e o trabalho de guitarras, bem acima da média, não ficando a secção rítmica esquecida.
Dezasseis anos é muito tempo de intervalo entre discos e talvez a apreciação deste trabalho sofra um pouco com isso, porque dá ideia de que se tivesse sido lançado dois ou três anos após a sua estreia, que este "Echoes" poderia ser mais bem recebido do que aquilo que será hoje em dia, onde este tipo de proposta já é um pouco banal. Para os menos exigentes, está aqui uma boa surpresa. Temas como a power ballad "Somber" ajudam a que se pense dessa forma. Interessante, veremos onde esta banda vai ou se fica por aqui. Há talento para mostrar mais.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira